“As medidas vão no sentido de uma reabertura ainda maior do país (…). Continuaremos ao longo deste caminho nas próximas semanas”, disse o presidente italiano, Mario Draghi, ao Conselho de Ministros.
O decreto, que harmoniza disposições em várias áreas, tais como a educação, não foi aprovado por unanimidade, tendo sido rejeitado por um dos partidos da coligação governamental, a Liga da extrema-direita, devido à questão das quarentenas escolares, segundo disseram à agência Efe fontes do executivo.
O ministro da Saúde, Roberto Speranza, explicou numa conferência de imprensa que o decreto retira o prazo do certificado sanitário, atualmente de seis meses, enquanto aguarda que os consultores científicos estabeleçam quando será oferecida a quarta dose.
Por outro lado, se as infeções aumentarem e uma região se deslocar para a chamada “zona vermelha”, a mais grave numa escala de quatro cores, as restrições resultantes desta nova classificação, tais como o confinamento, não afetarão os vacinados.
No entanto, o debate mais quente é sobre as quarentenas nas escolas, às quais se opõe Matteo Salvini, um dos membros do governo de unidade nacional de Draghi, que acredita que discriminam as crianças não vacinadas.
Speranza resumiu que, com o novo texto, as crianças vacinadas não voltarão ao ensino à distância, conhecido como DAD, um sistema que a maioria dos pais nem sequer quer ouvir falar.
E nos “poucos casos” de aulas que terão de fechar devido ao contágio e regressar ao ecrã do computador, o governo limitará o tempo que terão de estar em modo telemático, dos atuais dez dias para cinco, voltando então para as salas de aula.
As mudanças afetam o ensino pré-escolar, primário e secundário.
Na educação infantil, onde as aulas têm sido suspensas quando um caso é confirmado, isso só acontecerá com cinco casos.
No ensino primário, por outro lado, o ensino à distância só terá início a partir do aparecimento do quinto caso e apenas para alunos não vacinados.
Do mesmo modo, no caso do ensino secundário, as aulas telemáticas, que começam para todos a partir do terceiro caso confirmado, passarão a só afetar os que não foram vacinados.
“É tempo de começar a construir uma nova era”, disse Speranza.
No início do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro anunciou que será anunciado um calendário para pôr fim às atuais restrições, com base em provas científicas e na curva de infeção.
Nas últimas 24 horas, a Itália confirmou 118.994 novas infeções, elevando o total para 11,2 milhões desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020, e os especialistas veem uma ligeira redução na tendência, impulsionada nas últimas semanas pela variante mais contagiosa do Omicron.
Desde terça-feira, foram relatadas 395 mortes, elevando para 147.320 o número de pessoas que morreram durante a crise de saúde em Itália.
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