O Parlamento italiano aprovou na quarta-feira uma lei que estabelece “O Dia em memória de todas as vítimas da epidemia do [novo] coronavírus]”, que será agora assinalado todos os anos em 18 de março.
Para assinalar o dia, Draghi viajou para Bérgamo, cidade associada às imagens de camiões militares que transportavam caixões durante a noite para outros municípios no norte de Itália.
Essas imagens chocantes foram divulgadas há exatamente um ano, em 18 de março de 2020, e foram transmitidas à escala global.
Durante a cerimónia em memória das vítimas, Draghi depositou uma coroa de flores no cemitério local e participou na inauguração de um “Bosque da Memória” num parque local.
“Bérgamo tornou-se o epicentro da primeira vaga da pandemia na Europa, ao ponto de se tornar na cidade simbólica da tragédia que marcou a primavera de 2020″, declarou Giorgio Gori, presidente da Câmara de Bérgamo, durante a cerimónia.
O autarca acrescentou ainda que “Bérgamo quer também ser a cidade simbólica do renascimento” e enviar “uma mensagem positiva e de esperança” ao resto do país.
Por sua vez, Draghi assegurou que a campanha de vacinação continuaria “com a mesma intensidade” independentemente da decisão da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) sobre a vacina da AstraZeneca, cujo uso foi suspenso em vários países europeus, incluindo Itália, devido a efeitos colaterais.
A EMA decidiu hoje que a vacina “é segura e eficaz” e “não está associada” a um risco maior de coágulos sanguinários.
A Itália registou mais de 103.000 mortes desde o início da pandemia, e a campanha de vacinação ficou paralisada devido a falta de doses, enquanto grande parte do país foi reconfinado na segunda-feira para conter uma terceira vaga da doença.
Cerca de 7,2 milhões de doses foram administradas até ao momento, mas apenas 2,2 milhões de pessoas receberam as duas doses necessárias para a imunização.
Através da rede social Twitter, o Papa Francisco apelou a uma oração “às mais de 100.000 vítimas da covid-19 em Itália”.
“Tantas pessoas perderam a vida devido à doença e muitas outras deram a vida ao serviço dos doentes”, afirmou.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.682.032 mortos no mundo, resultantes de mais de 121,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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