O laboratório vai agora “aumentar a capacidade dessa linha de produção” do gel de limpeza, “numa altura em que há dificuldades em comprar produtos de limpeza”, através da contratação de mais pessoas e da compra de mais matérias-primas e “corresponder às necessidades não só das Forças Armadas como de todo o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, disse João Gomes Cravinho à Lusa, Rádio Renascença e RTP.

O ministro visitou hoje o Laboratório Militar com a secretária de Estado de Recursos Humanos e Antigos Combatentes, Catarina Sarmento Castro, e o Chefe do Estado-Maior do Exército, general Nunes da Fonseca, um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de medidas para conter o Covid-19, surto que começou na China, em dezembro, já causou 5.000 mortos em todo o Mundo e infetou 112 pessoas em Portugal.

Também na próxima semana o laboratório vai começar a testar e a fazer os testes ao Covid-19, algo que, segundo o ministro, “não fazia”, mas tem capacidade para fazer, mais uma vez, para “corresponder às necessidades das Forças Armadas e do SNS”.

“Queremos, obviamente, que o laboratório produza testes para o caso das Forças Armadas terem necessidade e para a população como um todo”, disse.

A ideia é que seja possível disponibilizar “onde necessário” os testes, medicamentos, como o paracetamol, ou o gel para que “não falte ao SNS neste momento, em que muito precisa”, afirmou Gomes Cravinho.

Também haverá um reforço de produção, a partir da próxima semana, de paracetamol, um medicamento que é usado para tratar os sintomas da doença causada pelo novo coronavírus.

O ministro da Defesa afirmou que “não há previsão de ruptura de medicamentos essenciais na farmácia”, embora tenha admitido um acréscimo de utilização como alguns fármacos, acrescentou.

O governante reiterou que as Forças Armadas estão preparadas para disponibilizar camas, em Lisboa, para o caso de ser necessário internar doentes com Covid-19, em coordenação com a DGS, tendo já concluído obras para esse efeito no Porto.

João Gomes Cravinho informou ainda que não há militares das Forças Armadas infetados.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.000 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.

Em Portugal, a DGS atualizou hoje o número de infetados e registou o maior aumento num dia (34), ao passar de 78 para 112, dos quais 107 estão internados.

A região Norte, com 53 infetados, continua a ter o maior número de casos confirmados, seguida da Grande Lisboa, cujo registo duplicou para 46, enquanto as regiões Centro e do Algarve têm cada uma seis casos confirmados. Além destas, há um caso assinalado pela DGS no estrangeiro.

Na quinta-feira, o Governo anunciou que as escolas de todos os graus de ensino vão suspender as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, devido ao surto de Covid-19.

Várias universidades e outras escolas já tinham decidido suspender as atividades letivas.

O Governo decidiu também declarar o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

A restrição de funcionamento de discotecas e similares, a proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, a suspensão de visitas a lares em todo o território nacional e o estabelecimento de limitações de frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança foram outras das medidas aprovadas.

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