Em comunicado, o partido refere que "um grupo de economistas de várias universidades portuguesas elaborou e subscreveu um manifesto em que pede às autoridades políticas e económicas de Portugal e da União Europeia que implementem medidas à altura da crise" resultante da pandemia do novo coronavírus.
"A crise de saúde pública que se abateu sobre o mundo já está a ter efeitos dramáticos em vários sectores da sociedade. Dando sempre prioridade à saúde e bem-estar de todas as pessoas, é importante não descurar os efeitos económicos que esta crise terá na vida das pessoas, já que, certamente, muitos e muitas ficarão sem o seu emprego e, consequentemente, sem fonte de rendimento", refere.
O Livre - que depois de retirar a confiança política à deputada que conseguiu eleger nas últimas eleições está agora sem representação parlamentar - explica que este grupo de economistas pede "medidas para combater o abrandamento da economia tanto ao governo português como à União Europeia".
"Empréstimos de muito longo-prazo do BCE aos estados europeus a taxas de juro residuais ou nulas, a possibilidade de emissão de títulos de dívida conjuntos da Zona Euro - os famosos 'Eurobonds' - e apoios diretos ao rendimento das famílias são algumas dessas medidas que urge pensar e implementar", enumera.
Assim, o partido "apoia e subscreve as medidas constantes deste manifesto", considerando que "é urgente que a União Europeia se assuma como espaço de salvaguarda dos direitos humanos".
"O que, no nosso entender, inclui a garantia de que todas as pessoas têm asseguradas as condições mínimas para a sua subsistência. Num mundo globalizado, não se pode abordar os problemas apenas à escala nacional. É fulcral para todo o planeta que a União Europeia assuma as suas responsabilidades no combate a esta crise", alerta.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.500 morreram.
Portugal registou hoje a primeira morte, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido.
Trata-se de um homem de 80 anos, com "várias patologias associadas" que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse a ministra, que transmitiu as condolências à família e amigos.
Há 331 pessoas infetadas até hoje, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Dos casos confirmados, 192 estão a recuperar em casa e 139 estão internados, 18 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.
Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
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