Desde 18 de janeiro que se observa "uma redução acentuada" do R(t), de 1,18 para 0,87 em 31 de janeiro, precisam os investigadores do INSA num relatório que a analisa "A evolução dos casos covid-19 em Portugal”.
O relatório estima igualmente os valores de R(t), número médio de casos secundários resultantes de um caso infetado, para as regiões com mais casos: 0,87 na região Norte, 0,89 na região Centro, 0,96 na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), 0,89 no Alentejo, 0,91 no Algarve, 0,94 nos Açores e 1,03 na Madeira.
O objetivo do relatório de situação do INSA é apresentar as estimativas da curva epidémica da infeção por SARS-CoV-2, o coronavírus que provoca a doença covid-19, por data de início de sintomas e as estimativas dos parâmetros de transmissibilidade R0 (número básico de reprodução) e R(t) (número de reprodução efetivo em função do tempo).
O número de reprodução básico R0 – número médio de casos secundários resultantes de um caso infetado na fase da pandemia onde a população era totalmente suscetível e as medidas de saúde pública residuais (período de 21-02-2020 a 16-03-2020) foi de 2,02.
Desde o início da epidemia, a estimativa do R(t) variou entre 0,8 e 2,12, tendo-se observado uma tendência de decréscimo desde o dia 12 de março de 2020 (anúncio fecho das escolas), com quebras mais acentuadas em 16 de março (fecho das escolas) e 18 de março (anúncio do estado de emergência).
Depois de 28 de abril, o valor do R(t) voltou a aumentar ultrapassando o valor 1 a meio de maio. A partir de 11 de julho, voltou a ficar abaixo de 1, situação que se manteve até 05 de agosto.
Desde o início de agosto até meio de novembro o R(t) esteve acima de 1 durante 107 dias, revelando uma fase de crescimento sustentada. Desde meio de novembro até 25 de dezembro manteve-se abaixo de 1, "representando uma fase de decréscimo sustentada da incidência de infeção por SARS-CoV-2", refere o relatório.
Recentemente observou-se “um aumento acentuado” em seis dias do índice de transmissibilidade, tendo passado de 0,96 em 25 de dezembro para 1,21 cinco dias depois.
“Este aumento do R(t) indica o início de uma nova fase de crescimento da incidência de SARS-CoV-2”, realça o INSA.
Depois de 01 de janeiro deste ano, observou-se um período de decréscimo do R(t), tendo passado de 1,23 para 1,12 no dia 12.
Entre 12 e 18 de janeiro registou-se um aumento do R(t) de 1,12 para 1,16, mas a partir daí têm-se observado uma “redução acentuada” de novos casos em Portugal.
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