“O que nos interesse é, logo que a vacina esteja garantida para Portugal, iniciarmos a vacinação e ultrapassarmos este problema o mais rapidamente possível”, afirmou Miguel Albuquerque, em videoconferência, no Funchal, na qual anunciou novas medidas de controlo, prevenção e combate à pandemia para a quadra natalícia.

O chefe do executivo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, sublinhou que o custo da aquisição das vacinas deverá ser suportado pela região.

“Neste momento, lamento dizer isto, os madeirenses e porto-santenses não podem contar com o Estado português”, declarou, reforçando: “Se nós arcamos com os custos, por exemplo, do helicóptero de combate a incêndios, se arcamos com os custos das 56 mil vacinas para a gripe, quase 500 mil euros, penso que também vamos arcar com os custos da vacina para a covid-19.”

Miguel Albuquerque indicou que já foi constituído um grupo de trabalho, composto por sete elementos, que ficará responsável pelo processo de recebimento e distribuição das vacinas na região autónoma.

“Dos 22 milhões de doses que Portugal pretende comprar à União Europeia, nós esperamos receber na Madeira 200 mil vacinas”, disse, sublinhando que a quantidade é suficiente para garantir a imunidade de 70% da população, num arquipélago com cerca de 267 mil habitantes.

O governante admite, no entanto, reforçar o investimento “se for preciso”, sublinhando que o executivo fará todo o esforço para evitar que, na Madeira, a pandemia evolua para uma situação de transmissão comunitária.

Na semana passada, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que Portugal está preparado para comprar cerca de 16 milhões de doses de três vacinas contra a covid-19.

A Lusa questionou o gabinete de Miguel Albuquerque sobre esta discrepância, mas sem sucesso.

Atualmente, o arquipélago assinala 169 infeções ativas, num total de 707 casos confirmados desde 16 de março.

Dos 169 os casos positivos, 49 são importados e 120 de transmissão local, associados a 43 cadeias identificadas pelas autoridades de saúde.

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