Desde 16 de março, altura em que foi manifestado o primeiro caso positivo de covid-19 na Madeira, a região já registou cinco dias sem doentes infetados, três dos quais consecutivas, lembrou a vice-presidente do IASAÚDE, Bruna Gouveia, em conferência de imprensa no Funchal.

"Totalizamos hoje 555 casos suspeitos estudados na Região Autónoma da Madeira desde o dia 29 de fevereiro, dos quais 503 foram negativos. Destes, 51 casos foram positivos sendo o primeiro caso identificado a 16 de março e dois estão já recuperados, o primeiro em 04 de abril e o segundo em 11 de abril, significando, então, que temos 49 casos por covid-19 ativos", sintetizou.

Bruna Gouveia revelou ainda "haver um caso notificado que aguarda uma análise laboratorial", salientando que o único doente internado na Unidade de Cuidados Intensivos com covid-19, no Hospital Dr. Nélio Mendonça, encontra-se "estável".

Os restantes 49 doentes "mantém o seu estado e permanecem em isolamento, ou no seu domicílio ou em unidade hoteleira".

Em vigilância ativa estão 282 pessoas, entre as quais um profissional de saúde e dois bombeiros do Porto Santo. Em vigilância passiva estão 298 pessoas.

Em quarentena obrigatória encontram-se 150 pessoas distribuídas pelas quatro unidades hoteleiras designadas.

Bruna Gouveia anunciou igualmente que a Linha SRS24 registou 59 chamadas nas últimas 24 horas, apresentando um total cumulativo de 5.645 chamadas desde 27 de janeiro.

Salientando que a região "não pode abrandar as suas medidas de contenção", o secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, salientou que o dia de hoje era importante porque "é o quinto dia que a região não apresenta casos" e é "dia em que Portugal anuncia a obrigatoriedade do uso de máscaras não cirúrgicas para a população, seguindo o exemplo da Madeira, que tomou a mesma decisão a 08 de abril".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 114 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Dos casos de infeção, quase 400 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.