“Há a reportar 23 novos casos de infeção por SARS-CoV-2 na Madeira, pelo que a região passa a contabilizar 7.901 casos confirmados de covid-19”, lê-se no boletim epidemiológico divulgado pela autoridade regional de saúde.

Na nota, a DRS refere que, dos novos casos, três são importados (um da região de Lisboa e Vale do Tejo, um da Polónia e outro da Venezuela), sendo os restantes de transmissão local, “na sua maioria já associados a contactos positivos”.

Aquela autoridade de saúde indica ainda que estão hoje notificados no arquipélago 659 casos ativos, “dos quais 17 são casos importados e 642 são de transmissão local”.

Os casos ativos estão em isolamento, havendo 27 pessoas internadas no hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, com 21 doentes em Unidades Polivalentes e seis nos Cuidados Intensivos.

Outras 12 estão numa unidade hoteleira dedicada e as restantes permanecem em alojamento próprio.

A autoridade regional está a avaliar 209 situações, algumas relacionadas com viajantes identificados no aeroporto ou contactos com casos positivos.

Na informação, a DRS indica que estão 1.198 pessoas em vigilância ativa por contactos com casos positivos e 4.397 viajantes, através da aplicação MadeiraSafe.

Segundo a autoridade de saúde, há a registar hoje 58 doentes recuperados, totalizando até ao momento um total de 7.175 pessoas curadas.

A Madeira mantém os 67 óbitos associados à covid-19.

Hoje, a Direção-Geral de Saúde noticiou que foram registados na Madeira 57 novos casos [mais 34 que os reportados pela autoridade regional], contabilizando 8.162 infeções [superior em 261 infetados] e 64 mortes [menos três que as notificadas na região] devido à covid-19 desde março de 2020.

A DGS também divulgou que o Funchal é o único concelho português em risco extremo, com uma incidência cumulativa a 14 dias acima dos 960 casos de infeção por 100 mil habitantes.

O boletim alerta, contudo, que os dados referentes à Região Autónoma da Madeira devem ser interpretados atendendo ao atraso entre o diagnóstico e a notificação verificado no período em análise, entre 24 de fevereiro e 09 de março.

O risco extremo de infeção verifica-se quando um concelho tem uma incidência cumulativa a 14 dias acima dos 960 casos de infeção por 100 mil habitantes.

De acordo com a DGS, e atendendo a esta ressalva, o Funchal registou uma incidência cumulativa de 1.118 casos.

Em risco muito elevado, ou seja, com uma incidência de entre 480 e 959,9 casos por 100 mil habitantes, estão os concelhos madeirenses de Câmara de Lobos (564), Santa Cruz (576), Ponta do Sol (640) e ainda o concelho alentejano de Serpa (517).

Na última análise Portugal tinha oito concelhos em risco muito elevado de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2 e nenhum em risco extremo.

Suspensa a administração da vacina da AstraZeneca

A Madeira decidiu seguir a indicação da Direção-Geral da Saúde e suspender a administração da vacina da AstraZeneca programada no arquipélago, mantendo a da Pfizer, informou hoje a Direção Regional da Saúde (DRS).

“A inoculação com a vacina AstraZeneca está suspensa”, lê-se na nota divulgada pela DRS, que invoca as indicações comunicadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) na tomada da decisão.

A DRS adianta que “a vacinação contra a covid-19 programada para os próximos dias úteis no Madeira Tecnopolo [no Funchal], com a vacina AstraZeneca, está cancelada”.

No mesmo documento salienta que a campanha de vacinação vai manter-se no arquipélago, nos centros de vacinação concelhios, “com a administração da vacina Pfizer”, conforme programado.

A DRS destaca que se “mantém em contacto com as demais entidades de saúde nacionais e internacionais” sobre esta matéria.

Devido a esta situação, foi disponibilizada uma linha de apoio gratuita para a população dedicada à vacinação covid-19, denominada SRS VACINA COVID-19, através do número 800 210 263, conclui.

As autoridades de saúde portuguesas decidiram hoje suspender o uso da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 por "precaução".

A decisão foi anunciada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pela (Infarmed) e surge após vários países europeus também terem suspendido a administração desta vacina devido a relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas.

Espanha, Itália, Alemanha, França, Noruega, Áustria, Estónia, Lituânia, Letónia, Luxemburgo e Dinamarca, além de outros países, incluindo fora da Europa, já interromperam o uso da vacina da AstraZeneca, após relatos de casos graves de coágulos sanguíneos em pessoas que foram vacinadas com doses do fármaco.

A empresa já disse que não há motivo para preocupação com a sua vacina e que houve menos casos de trombose relatados nas pessoas que receberam a injeção do que na população em geral.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmaram que os dados disponíveis não sugerem que a vacina da AstraZeneca tenha causado os coágulos e que as pessoas podem continuar a ser imunizadas com esse fármaco.

Entretanto, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, apelou hoje para a tranquilidade das pessoas que receberam a vacina da AstraZeneca e garantiu que não foram reportadas em Portugal reações adversas como as identificadas em outros países.

A interrupção temporária da vacina da AstraZeneca é “para dar segurança às pessoas”, assegurou a diretora-geral da Saúde, ao apelar para que os portugueses “mantenham a confiança nas instituições”.

já foram administradas em Portugal cerca de 400 mil vacinas da AstraZeneca e vão ficar agora em armazém cerca de 200 mil doses.

O comité de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a segurança de vacinas reúne-se na terça-feira para discutir a vacina contra a covid-19 AstraZeneca/Oxford.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também já informou que vai realizar uma reunião especial na quinta-feira para analisar esta situação, mas já adiantou que os benefícios da utilização da vacina superam os riscos.