“Dissemos desde o início que o ritmo de vacinação seria o ritmo a que as vacinas chegassem a Portugal. Até agora, conseguimos isso. O aumento do ritmo, que, como é evidente, exige um esforço maior, tem sobretudo a ver com o maior número de vacinas que está a chegar ao país neste momento”, disse à agência Lusa Diogo Serras Lopes.
O Ministério da Saúde anunciou hoje que Portugal antecipou o compromisso assumido em janeiro pelo Governo, ao alcançar 70% da população acima de 18 anos vacinada com pelo menos uma dose até ao verão, e isto praticamente quatro meses após ter conseguido invacinar 80% das pessoas com mais de 80 anos e 80% dos profissionais de saúde.
Louvando um “trabalho conjunto de múltiplas instituições”, entre autarquias, forças armadas e o Ministério da Administração Interna, o secretário de Estado insistiu que “o ritmo dependerá sempre daquilo que é a chegada das vacinas” e que “o ritmo será mantido ou até aumentado se necessário for, embora isso não seja previsível, dado o calendário expectável de chegada das vacinas a Portugal”.
De acordo com o Ministério da Saúde, até sexta-feira já tinham sido administradas no continente 9.504.206 vacinas, estando cerca de quatro milhões de adultos totalmente vacinados e mais de 5,8 milhões de pessoas com esquema vacinal completo no prazo de um mês.
“A segunda dose de vacina será sempre dada no tempo recomendado”, garantiu o governante, esclarecendo que as vacinas da Pfizer e da Moderna têm um tempo de quatro semanas após a toma da primeira dose, as da AstraZeneca estão neste momento com oito semanas e as da Johnson & Johnson só têm uma dose. “Esses prazos serão sempre cumpridos”, afirmou.
Na nota enviada esta tarde à comunicação social, o Ministério da Saúde valorizou a “grande adesão demonstrada pelos portugueses”, ideia elogiada pelo secretário de Estado, na esperança de que o “entusiasmo em tomar a vacina” seja “para continuar”.
“O objetivo é continuar a vacinar ao ritmo que for possível dada a chegada de vacinas até alcançarmos os números mais altos possíveis. Não sabemos qual o limiar da imunidade de grupo e isso só será possível saber depois de estudos que serão necessariamente realizados com o tempo, mas sabemos que mais vacinas é melhor. Assim, vacinaremos todas as pessoas que for possível para conseguirmos sair desta situação”, concluiu.
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