Em comunicado, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) assinala a relevância das novas medidas de apoio à economia hoje apresentadas pelos ministros das Finanças e da Economia, destacando o reforço das linhas de crédito ou os pagamentos fracionados do IVA e da entrega das retenções na fonte, mas considera que “não são suficientes”, sendo necessário um apoio direto “rápido e simplificado “à tesouraria das empresas".

“Garantir segurança de tesouraria e injetar liquidez nas empresas de forma imediata e eficaz é a prioridade para a manutenção dos negócios e dos milhares de postos de trabalho dos nossos setores de atividade”, refere a AHRESP, acrescentando que aguarda “com muita expectativa, no âmbito das novas linhas de crédito anunciadas, quais as entidades interlocutoras e os respetivos mecanismos de acesso pelas nossas empresas”.

Neste contexto, alerta ser “da maior relevância assegurar uma plena intervenção das Sociedades de Garantia Mútua, que serão entidades fulcrais na disponibilização destas novas linhas de crédito”.

A associação indica ser “igualmente urgente que a linha de microcrédito com a dotação de 60 milhões de euros seja urgentemente disponibilizada a todas as empresas da atividade turística, designadamente restauração, empreendimentos turísticos, e em particular hotelaria independente”.

No âmbito do calendário dos compromissos das empresas com os bancos, a associação insiste que este deve “efetivamente ser suspenso” e salienta que a moratória, hoje anunciada, “tem urgentemente de ser colocada em prática”.

O âmbito de algumas das medidas hoje anunciadas pelo Governo foi analisado, na terça-feira, durante uma reunião dos responsáveis da AHRESP no Ministério da Economia e na qual esta associação deixou várias propostas, nomeadamente o lançamento de uma linha de apoio à tesouraria de 1.000 euros/mês por trabalhador ou o ajustamento do processo de ‘lay-off’.

Nesse encontro, a associação propôs igualmente que os estabelecimentos de alojamento e restauração possam funcionar, se necessário e sob a orientação das autoridades competentes, para acolher e alimentar doentes, profissionais de saúde e todo o sistema de proteção civil, apoiando os que estão na primeira linha de combate à Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.

Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).