Em causa está a chamada “lei de vacinação obrigatória”, aprovada em 2017 e que, desde então, aguarda votação no parlamento romeno. O atraso tem sido atribuído a pressões de grupos antivacinas, geralmente ligados a setores conservadores, nacionalistas e religiosos.

Na manifestação de hoje, segundo a agência noticiosa espanhola EFE, “entre os manifestantes encontravam-se padres ortodoxos e pessoas carregando cruzes e outros símbolos religiosos”.

Alguns dos intervenientes no protesto “atribuíram os esforços para vacinar a população contra a covid-19 a uma conspiração comunista para destruir o cristianismo e impor uma agenda globalista de controlo social”.

O protesto teve o apoio da Aliança pela Unidade Romena (AUR), um partido populista nacionalista de direita que ingressou no Parlamento nas eleições legislativas em dezembro, quando obteve 9% dos votos com um discurso crítico contra as restrições impostas por o Governo devido à pandemia.

“Nesta Páscoa vemo-nos na igreja. Não poderão fechar as portas das igrejas novamente”, disse um dos organizadores da ação, na qual foram entoados cânticos nacionalistas e muitos participantes empunhavam cartazes contra o uso obrigatório de máscaras.

O evento é organizado por Organizações Não Governamentais (ONG) conservadoras, algumas das quais apoiaram o referendo para mudar a constituição para que o casamento entre pessoas do mesmo sexo fosse proibido em 2017, iniciativa que acabou fracassando por não obter a participação mínima exigida por lei.

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