“A ministra da Saúde fará amanhã [sexta-feira] um ponto da situação da pandemia e da presença da variante. Remeto para amanhã os comentários a esta pandemia”, disse a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros.

Mariana Vieira da Silva acrescentou que, juntamente com a ministra da Saúde, esteve reunida ao longo desta semana duas vezes com os peritos que têm participado nas reuniões do Infarmed.

A ministra sustentou que é preciso mais informações para se poder tomar decisões, frisando que se está “perante uma nova variante sobre a qual pouco se sabe”.

A governante disse ainda que o executivo “não tem qualquer problema” em prolongar ou alterar as medidas adotadas a 01 de dezembro.

Mariana Viera da Silva esclareceu que na sexta-feira a ministra Marta Temido vai dar a conhecer as informações que existem sobre a pandemia no país para que os portugueses possam “tomar as suas decisões e medidas individuais”.

A ministra explicou que na sexta-feira não vão ser apresentadas novas medidas restritivas para fazer face à pandemia de covid-19.

“Nunca, até hoje, as medidas foram tomadas numa conferência de imprensa por um único membro do Governo”, disse, sustentando que as medidas decididas Governo há um mês, como mais testes, máscaras, vacinas e controlo de fronteiras, “têm tido impactos positivos e devem continuar a ser utilizadas”.

A covid-19 provocou pelo menos 5.328.762 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.717 pessoas e foram contabilizados 1.211.130 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 77 países de todos os continentes, incluindo Portugal.