"Nós temos uma matriz de risco e os passos são dados consoante a posição de que cada concelho nessa matriz. E isso tem de ser aplicado sem exceções. Não é por ser Lisboa que vai ter um tratamento diferente do resto do país", explicou António Costa à chegada à Madeira, onde se vai juntar a Marcelo Rebelo de Sousa, de modo a acompanhar as comemorações do 10 de junho.
No seu espaço de comentário da TVI24, Fernando Medina anunciou esta terça-feira que "Lisboa está numa situação que não é fácil" e que por isso não iria avançar no desconfinamento.
"Lisboa está numa situação que não é fácil. O número de casos excedeu o patamar dos 120 [casos por 100 mil habitantes], entrou em situação de alerta. Na última semana, o número de casos por 100 mil habitantes continuou a progredir, embora a um ritmo mais lento, significa que Lisboa amanhã [hoje], que é o dia da avaliação, não irá progredir relativamente ao desconfinamento", explicou o presidente da Câmara de Lisboa.
Hoje, o líder do Governo confirmou aquilo que o autarca tinha avançado. "Agora, aquilo que nos temos de concentrar é no esforço que todos nós temos de fazer para inverter a curva", afirmou António Costa.
De acordo com o Público, para a avaliação do Governo conta o facto de na última avaliação da média de novos casos por 100 mil habitantes nos anteriores catorze dias, a incidência ter sido de 181 casos no concelho de Lisboa. Desta forma, se este indicador não baixar para menos de 120 novos casos, a capital será travada no desconfinamento.
Assim, o Conselho de Ministros de hoje deverá então ditar que Lisboa continue com as regras aprovadas pelo Governo na semana passada para os concelhos que por duas semanas seguidas registam uma incidência de 120 novos casos por cem mil habitantes: teletrabalho obrigatório, sempre que possível; horários da restauração e dos espectáculos culturais até as 22h30 e comércio a retalho até às 21 horas.
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