Em declarações à Lusa, Rogério Bacalhau adiantou que sete dos infetados integram o grupo que se encontra isolado na Escola Básica de Santo António, em Faro, mas, entretanto, surgiram “mais dois casos” de uma outra comunidade de trabalhadores rurais.
Desde segunda-feira que mais de 70 trabalhadores rurais estão de quarentena em Faro, depois de ter sido confirmado no domingo um caso de Covid-19 envolvendo um cidadão de nacionalidade nepalesa, que trabalha e reside na zona rural do concelho.
Na terça-feira, três destes trabalhadores testaram positivo para a Covid-19, número que subiu entretanto para sete e a que acrescem agora outros dois, de outro grupo, totalizando nove trabalhadores rurais infetados no concelho, segundo um balanço traçado à Lusa por Rogério Bacalhau.
O presidente da autarquia adiantou que as autoridades de saúde têm estado a fazer “o acompanhamento e rastreamento” daqueles casos, nomeadamente, saber “onde trabalham, os contactos que tiveram e a rastrear outros trabalhadores”.
O autarca avançou que estes dois novos casos são de uma comunidade com condições de habitação “melhores do que as do grupo ainda em quarentena”, o que, para já, “não obriga a que tenham de ser tomadas outras medidas”.
Dos nove casos, sete são de nacionalidade indiana, um de nacionalidade nepalesa e outro de naciionalidade paquistanesa, acrescentou.
Rogério Bacalhau revelou, ainda, a existência de “mais um caso no concelho”, sobre o qual ainda não tem “informação concreta”.
Em relação à comunidade que está em quarentena numa escola, o autarca frisou que as condições foram “melhoradas”, com a retirada dos suspeitos “do pavilhão para salas de aulas”, para que pudessem estar “mais confortáveis e divididos”.
“Os que apresentam sintomas estão numa ala e os que não apresentam estão separados”. A senhora que também está neste grupo de quarentena, passou a ter um espaço só para ela”, destacou o presidente da Câmara de Faro.
Rogério Bacalhau informou que o pavilhão e o ginásio são utilizados para “convívio e refeitório”, onde são servidas refeições duas vezes ao dia, divididas em turnos “para evitar o contacto ao máximo” e que existe também acesso a comida ao longo do dia.
Revelou ainda que a utilização do pavilhão foi uma “situação de recursos de emergência imediata, melhorada depois com a colocação nas salas”.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira. O número de mortos no país subiu para seis, um deles no Algarve.
Dos casos confirmados, 894 estão a recuperar em casa e 126 estão internados, 26 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). Das pessoas infetadas em Portugal, cinco recuperaram.
O boletim divulgado pela DGS assinalava 7.732 casos suspeitos até quinta-feira, dos quais 850 aguardavam resultado laboratorial.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira, que se prolonga até às 23:59 de 02 de abril.
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