O alerta foi deixado pelo diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e pela líder técnica de resposta à covid-19, Maria Van Kerkhove, na videoconferência de imprensa regular sobre a evolução da pandemia, transmitida da sede da OMS, em Genebra, na Suíça.

Tedros Adhanom Ghebreyesus salientou que a semana passada foi a quarta que registou o maior número de infeções com o coronavírus SARS-CoV-2 numa semana, em consequência do "grande aumento do número de casos" detetados em diversos países da Ásia e do Médio Oriente.

A líder técnica de resposta à covid-19 na OMS, Maria Van Kerkhove, advertiu que "a trajetória da pandemia está a crescer exponencialmente", realçando que na semana passada houve um aumento de 90 por cento da transmissão de infeções.

Segundo a epidemiologista norte-americana, as medidas de contenção da pandemia "não são aplicadas consistentemente" pelos países.

O diretor-geral da OMS avisou que a pandemia da covid-19 "está longe de terminar", mas pode ser controlada "numa questão de meses" com uma "vacinação equitativa" e com um "esforço concertado" de medidas de contenção, que incluem distanciamento físico, uso de máscaras, ventilação de espaços, testagem, rastreio, isolamento e higienização das mãos.

"Depende das decisões e ações dos governos e das pessoas, todos os dias. A escolha é nossa", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, defendendo "uma abordagem coerente, articulada e abrangente" das medidas de saúde pública.

De acordo com o dirigente da OMS, "a confusão, a complacência, a falta de coerência nas medidas de saúde pública e da sua aplicação" estão "a aumentar a transmissão" de infeções e a "ceifar vidas".

"As vacinas são uma ferramenta vital e poderosa, mas não são a única ferramenta" contra a covid-19, apontou, realçando que "pessoas saudáveis já morreram" com a doença e "as que sobreviveram" persistem, nalguns casos, com sintomas como fadiga, tonturas, insónia, dores musculares, ansiedade ou depressão.

A pandemia da covid-19 provocou, pelo menos, 2.937.355 mortos no mundo, resultantes de mais de 135,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.918 pessoas dos 827.765 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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