“É uma pandemia controlável”, mas "não se pode combater um vírus se não se sabe onde está. Isto significa que é necessária uma vigilância robusta para encontrar, isolar, testar e tratar cada caso para quebrar as cadeias de transmissão", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus na reunião.
O responsável defendeu que os países devem ter uma "abordagem global (...) adaptada à sua situação, com a contenção como pilar central" e apelou aos países para que "encontrem o equilíbrio certo entre proteger a saúde, prevenir as perturbações económicas e sociais e respeitar os direitos humanos".
Pela primeira vez desde o início da epidemia, que começou em dezembro na China, a OMS declarou na quarta-feira o novo coronavírus como uma "pandemia", devido à sua "propagação", "gravidade dos casos” e pela “insuficiência das medidas inadequadas".
“Para salvar vidas, precisamos reduzir a transmissão. Isto significa encontrar e isolar o maior número possível de casos e colocar em quarentena os seus contactos mais próximos", explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus.
"Mesmo que não se consiga parar a transmissão, pode atrasar-se, protegendo os estabelecimentos de saúde, os lares de idosos e outros espaços vitais, mas apenas se forem testados todos os casos suspeitos", alertou.
Com alguns países com falta de equipamento de proteção individual, o diretor-geral da OMS disse que a organização está a trabalhar "dia e noite" para os ajudar.
A agência da ONU já enviou equipamento de proteção para 57 países e prepara-se para enviar para mais 28. Também enviou material laboratorial para 120 países.
A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 pessoas infetadas.
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