A "garantia ao público" foi dada, em resposta aos movimentos antivacinas, pelo diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na habitual videoconferência de imprensa transmitida da sede da OMS, em Genebra, na Suíça.

"Quero garantir ao público que a OMS não recomendará nenhuma vacina que não seja segura e eficaz", afirmou, insistindo que as vacinas em teste, apesar de "promissoras, só serão utilizadas quando forem eficazes e seguras".

Segundo dados da OMS, havia na quinta-feira 34 vacinas candidatas à covid-19 em ensaios clínicos, oito das quais na fase final 3, que antecede o pedido de autorização de comercialização.

Numa fase inicial, de acordo com a OMS, uma vacina para a covid-19 deverá ser administrada a grupos prioritários, como idosos, doentes crónicos e profissionais de saúde, por correrem mais risco de infeção ou manifestações mais graves da doença.

Posteriormente, à medida que for aumentada a sua produção, a vacina deverá estender-se à restante população.

Criticando os movimentos antivacinas, o diretor-geral da OMS recordou que as vacinas permitiram erradicar doenças e "mudaram o mundo".

"É um bem público", sublinhou Tedros Adhanom Ghebreyesus, voltando a apelar, noutro contexto, à "solidariedade global".

A seu ver, reiterou, o "nacionalismo das vacinas irá prolongar a pandemia" da covid-19.

A OMS estimou hoje de manhã, através de declarações feitas à imprensa pela porta-voz da organização, que a vacinação em massa contra a covid-19 só ocorrerá a partir de meados de 2021.