A informação foi confirmada à agência France-Presse pelo embaixador José Singer, da República Dominicana, país que deverá presidir ao Conselho de Segurança em abril e que coorganizou a viagem com o Níger e com a França.
O responsável acrescentou que não há uma data prevista para a realização da viagem, dada a evolução incerta da pandemia.
A instabilidade que afeta o Mali começou com o golpe de Estado em 2012, quando vários grupos rebeldes e organizações fundamentalistas tomaram o poder do norte do país durante 10 meses.
Os fundamentalistas foram expulsos em 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas extensas áreas do país, sobretudo no norte e no centro, escapam ao controlo estatal e são, na prática, geridas por grupos rebeldes armados.
De acordo com a ONU, mais de 4.000 pessoas foram mortas em ataques terroristas em 2019 no Mali, Burkina Faso e Níger, tendo o número de pessoas deslocadas aumentado 10 vezes, ficando próximo de um milhão.
Além de uma força conjunta do G5 Sahel - composta por militares de Mali, Burkina Faso, Níger, Chade e Mauritânia -, a região conta também com a operação Barkhane, uma missão das Forças Armadas francesas no Mali.
A missão da ONU no país, a Minusma, uma das mais dispendiosas da organização, conta com cerca de 14.000 soldados.
O atual mandato da Minusma expira em junho.
Em janeiro, o ministro da Defesa português, João Gomes Cravinho, anunciou o reforço do contingente na Minusma com mais cerca de 70 militares da Força Aérea Portuguesa e uma aeronave C-295, entre maio e outubro.
No final de fevereiro, a União Africana anunciou que está a preparar o destacamento de uma força de 3.000 soldados para o Sahel, de forma a tentar travar a propagação de grupos 'jihadistas' e da insegurança na região.
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