"Às 08:15 da manhã (11:15 em Lisboa) de terça-feira, 444 prisioneiros foram capturados pela Polícia Militar com o apoio de agentes de segurança penitenciária", anunciou a Secretaria da Administração Penitenciária do estado de São Paulo em comunicado.
O governo local também garantiu que "a situação estava sob controlo" nos quatro centros penitenciários onde ocorreram as fugas sem especificar o número total de prisioneiros que haviam escapado. Os média locais relatam que quase 600 prisioneiros haviam fugido.
Na noite de segunda-feira, centenas de prisioneiros escaparam após a decisão das autoridades de suspender as saídas temporárias permitidas pelo regime de semiliberdade a que cerca de 34.000 detidos têm direito no estado, para evitar a propagação do novo coronavírus.
As autoridades acreditavam que, com o regresso dos detidos às prisões "haveria um grande risco de introduzir e espalhar o coronavírus entre uma população vulnerável".
Esses prisioneiros em regime de liberdade condicional têm o direito de deixar a sua cela durante o dia para ir trabalhar ou estudar.
Os presos recapturados "perderam o direito de se beneficiar do regime de semiliberdade e cumprirão a sua sentença sob o regime fechado", afirmou o coronel da Polícia Militar Nivaldo Cesar Restivo, funcionário da administração penitenciária, em entrevista à rede Globo.
O Brasil, um país de 210 milhões de habitantes, tem mais de 200 casos de contaminação e anunciou hoje a primeira morte causada pela Covid-19, em São Paulo.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.
A Itália com 2.158 mortos registados até segunda-feira (em 27.980 casos), a Espanha com 491 mortos (11.191 casos) e a França com 148 mortos (6.663 casos) são os países mais afetados na Europa.
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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