“As preocupações continuam a ser a atribuição e chegada de vacinas. Ontem à tarde tive a má notícia de que em agosto eram previstas chegar cerca de 600 mil vacinas da Janssen e devem chegar cerca de 200 mil”, revelou o vice-almirante Gouveia e Melo, reforçando posteriormente que seriam 220 mil e que esta situação “prejudica as expectativas e a vontade de vacinar a população portuguesa”.
Henrique Gouveia e Melo, que está hoje a ser ouvido na Comissão Parlamentar de Saúde sobre o processo de vacinação, adiantou que o Ministério da Saúde “tem estado a compensar estas quebras com aquisições através de parceiros que não estejam a usar algumas destas vacinas ou a antecipar vacinas do 4.º trimestre para este terceiro trimestre”.
No entanto, o coordenador da ‘task force’ defendeu que não se trata de uma situação generalizada de incumprimento, ao esclarecer que “Moderna e Pfizer têm cumprido com o que prometem” e que têm sido “bastante fiáveis” nas entregas de doses de vacinas a Portugal.
Apesar da quebra de entregas, Gouveia e Melo mostrou-se tranquilo em relação ao futuro, por considerar que “as farmacêuticas vão produzir mais vacinas” e que haverá “capacidade de resposta” face às necessidades.
“É natural que no quarto trimestre, e depois mais tarde, estejam disponíveis no mercado internacional e na Europa vacinas em quantidade suficiente para as terceiras doses” se vierem a ser necessárias, sustentou.
O responsável disse ainda esperar ter 70% da população vacinada com uma dose entre 08 e 15 de agosto e com a vacinação completa entre 05 e 12 de setembro.
Comentários