De acordo com os dados apurados pelo jornal Público, são necessários mais 1700 profissionais de saúde nos centros de vacinação para conseguir cumprir a meta de administrar vacinas a 100 mil pessoas por dia em média no início de maio.
Ao todo, as administrações regionais de saúde (ARS), em conjunto com os agrupamentos de centros de saúde, determinaram a necessidade de contratar mais cerca de mil enfermeiros, 140 médicos e 570 auxiliares para os centros de vacinação, sendo que este número pode aumentar, pois há uma ARS que não adiantou os valores finais.
A nível nacional, são necessários um total de 500 médicos e 2500 enfermeiros para assegurar a campanha de vacinação em massa, sendo que este número é próximo daquele que se previa nas estimativas iniciais, sendo necessários mais 100 médicos do que o previsto. Alguns destes profissionais virão do Serviço Nacional de Saúde (SNS) através de instrumentos de mobilidade ou do recurso a horas extraordinárias, sendo que o Ministério da Saúde garantiu ao Público que “o número de profissionais a recrutar será o que se mostre necessário”.
Alguns municípios, todavia, já começaram a recorrer a empresas privadas de trabalho temporário para assegurar principalmente enfermeiros para enfileirar as equipas de vacinação.
Em Lisboa foi celebrado na semana passada um contrato com a Randstad no valor de mais de 1.6 milhões de euros para assegurar a presença de até 60 enfermeiros por dia nos centros de vacinação a um preço de 17,50 euros por hora entre abril e dezembro deste ano. Juntando-se outras despesas, o valor total ascende aos 2.5 milhões de euros.
Já a Câmara Municipal de Cascais requereu os serviços da Blue Ocean Medical pelos quais despendeu uma factura ascende a mais de 512 mil euros sem contabilizar o IVA. A mesma empresa também celebrou um contrato com a Amadora, de 122.400 euros, o mesmo valor também gasto pelo município junto da Cruz Vermelha Portuguesa.
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