A transportadora indicou também que vai alargar o prazo dessas licenças para seis meses, sendo que até agora era de três meses.
No dia 06 de março a TAP abriu um programa de licenças sem vencimento a todos os trabalhadores do negócio da aviação, por um período mínimo de 30 dias e máximo de 90 dias, que abrangia os meses de abril, maio e junho.
Segundo um comunicado enviado pelos recursos humanos aos trabalhadores, a que a Lusa teve então acesso, o programa voluntário e temporário de licenças sem vencimento tem como objetivo "dimensionar a força de trabalho à atividade operacional atual", que teve uma queda acentuada devido à propagação do novo coronavírus.
Os interessados em aderir ao programa, que abrange pilotos e tripulantes de cabine, devem inscrever-se, indicando o período pretendido, durante o qual os trabalhadores "mantêm o direito de facilidades de passagem, bem como o seguro de saúde", lê-se no documento.
"Todos os pedidos serão objeto de análise e decisão da comissão executiva", alertaram os recursos humanos da TAP, realçando que "o pedido [de licença sem vencimento] não implica a aceitação automática do mesmo".
A TAP admitia ainda que podiam ser equacionadas "prorrogações das licenças sem vencimento" além do período previsto, "se tal se verificar oportuno e necessário".
A comissão executiva da TAP anunciou a implementação de medidas para reduzir e controlar custos, incluindo a suspensão ou adiamento de investimentos e de contratações e a "implementação de programas de licenças sem vencimento temporárias", segundo uma nota enviada aos trabalhadores.
"Vamos implementar um conjunto de iniciativas que visam controlar e reduzir custos como suspensão ou adiamento de investimentos não críticos, corte de despesas acessórias, renegociação de contratos e prazos de pagamento, antecipação de crédito junto de fornecedores, suspensão de contratações de novos trabalhadores, bem como a implementação de programas de licença sem vencimento temporárias", referiu a comissão executiva liderada por Antonoaldo Neves.
A TAP cancelou também 3.500 voos e decidiu não renovar o contrato a prazo com 100 trabalhadores, que já foram notificados, confirmou hoje à Lusa fonte da transportadora aérea.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 231 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.350 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 86.250 recuperaram da doença.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três, segundo a DGS.
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