No total, durante a pandemia de covid-19, o país registou 45.999 mortes e 302.301 casos de infeção.

Na quarta-feira tinham sido registados 763 casos de contágio e 83 mortes.

O Reino Unido tem vindo a registar um gradual aumento do número de infeções e o primeiro-ministro, Boris Johnson, admitiu a existência de entre 10 a 30 surtos no país, os quais propôs controlar com “confinamentos locais duros e incisivos”.

“É absolutamente crucial como um país que continuemos concentrados e disciplinados, e nos iludamos que estamos safos ou que isto acabou, porque não é verdade”, afirmou, em declarações aos jornalistas.

Em Oldham, perto de Manchester, o número de casos de infeções quadruplicou numa semana, ultrapassando Leicester, e em Rochdale também subiram significativamente, levando à imposição de restrições locais.

Em declarações hoje à Sky News, o ministro da Saúde, Matt Hancock, disse estar "preocupado com uma segunda vaga” de infeções.

“É possível ver uma segunda vaga a começar a avançar pela Europa e temos de fazer tudo o que pudermos para impedir que ela chegue a este lado e enfrentá-la", disse.

As autoridades britânicas determinaram hoje que pessoas com sintomas de infeção de covid-19 devem ficar isoladas em casa durante 10 dias, em vez dos sete até agora aconselhados.

O aumento do período de isolamento em três dias para pessoas com tosse contínua, temperatura alta ou perda de paladar e olfato passa assim a estar alinhado com as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciadas no início de junho.

A mudança é resultado de estudos que concluíram que o vírus pode ser transmitido mais tarde após a infeção do que se pensava e que o risco de contágio diminui após cerca de 10 dias.

“Os indícios, embora ainda limitados, reforçaram-se e mostram que as pessoas com covid-19 que estão levemente doentes e estão a recuperar têm uma possibilidade baixa, mas real, de infecciosidade entre sete e nove dias após o início da doença”, justificaram os diretores gerais de saúde de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, num comunicado conjunto.