No final de uma audiência com o primeiro-ministro, em que esteve acompanhado pelo vice-presidente do PSD Salvador Malheiro e do deputado e médico Ricardo Baptista Leite, Rio disse que a medida “mais em cima da mesa” do lado do Governo é a monitorização da situação por concelhos, com respostas específicas adequadas à gravidade.
“Irá o Governo avaliar amanhã [sábado] aquilo que quer fazer e se para o que quer fazer necessita desse quadro legal, mas o estado de emergência, infelizmente, não pode ser da mesma forma que em março e abril”, afirmou Rio, dizendo que tal seria desejável pelo lado saúde, mas impossível pela economia.
Questionado se o PSD apoiará uma eventual proposta de estado de emergência, que tem de ser votado no parlamento, Rio respondeu que o partido não passará “uma carta branca ao Governo”, mas não irá obstaculizar o que for necessário para o país.
“Estaremos sempre do lado da solução, nunca a obstaculizar, nunca a tirar partido da situação, isso nunca acontecerá”, assegurou.
O líder do PSD comprometeu-se ainda a formalizar, nos próximos dias, sugestões que fez hoje ao Governo, que não detalhou, mas disse não serem ao nível ‘macro’, mas num patamar intermédio.
“Esta medida que é mais evidente que está em cima da mesa, ir monitorizando concelho a concelho e ir avaliando as medidas necessárias, parece-nos inteligente e equilibrada”, disse.
Rui Rio foi o primeiro líder partidário a ser recebido em São Bento, num dia em que António Costa ouve todos os nove os partidos com representação parlamentar para procurar um consenso para a adoção de medidas imediatas de combate à pandemia de covid-19, que tem registado um continuado aumento em Portugal.
As medidas a tomar pelo Governo serão depois anunciadas por António Costa, no sábado, no final de uma reunião do Conselho de Ministros extraordinária.
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