Em Moscovo, epicentro da pandemia na Rússia, o número de mortes num dia subiu para 98, o máximo desde o início da crise sanitária, em março do ano passado.
Durante as últimas 24 horas registaram-se, nas 85 regiões da Rússia, 20.393 novos contágios, dos quais 3.120 (15,3%) assintomáticos.
Em Moscovo foram contabilizados 7.916 novos casos, de acordo com o último balanço das autoridades.
A capital russa bate, pelo quarto dia consecutivo, o recorde de mortes por covid-19, revelam as estatísticas.
O presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, afirmou recentemente que a cidade está “praticamente num pico de contágios, em comparação com a última vaga”.
A capital russa criou um passe sanitário obrigatório que permitirá à população, a partir de dia 28, frequentar os restaurantes em Moscovo, forma encontrada para travar o aumento de novos casos de covid-19, ligados à variante Delta.
Os restaurantes e bares que não possuam um sistema de controlo só poderão trabalhar em regime de “takeaway”.
A Câmara de Moscovo tem vindo a intensificar as medidas restritivas desde meados de junho devido à inesperada explosão de novos casos de covid-19, ligada à variante Delta, que apareceu na Índia e é considerada mais contagiosa e virulenta.
Atualmente, a variante Delta representa quase 90% das infeções na capital russa e a resistência dos moscovitas à vacinação está também a favorecer a atual onda de contaminações
Diante do recente aumento de casos, o presidente da Câmara da cidade tornou a vacinação obrigatória no setor dos serviços.
A campanha de vacinação está atrasada desde dezembro, face à desconfiança dos russos nas vacinas disponíveis e apesar dos repetidos apelos do Presidente, Vladimir Putin.
As autoridades russas também permitiram que os empregadores suspendessem os funcionários que não fossem vacinados contra a covid-19.
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