De acordo com os números oficiais publicados pelas autoridades, a Rússia tem agora 3.021.964 casos de infeção, incluindo 54.226 mortes. O país, o quarto mais afetado do mundo pela pandemia, registou 29.258 novas infeções e 567 mortes nas últimas 24 horas.
O número de novas infeções e mortes tem vindo a bater recordes todas as semanas desde o início do Inverno, sendo a cidade mais afetada a capital, Moscovo, e a sua região, e a segunda maior cidade do país, São Petersburgo.
A situação é também preocupante nas regiões mais pobres e mais mal equipadas.
Os números oficiais publicados pelas autoridades russas, no entanto, mostram uma taxa de letalidade inferior à da Europa Ocidental ou dos Estados Unidos, um resultado do qual o Presidente Vladimir Putin tem vindo a gabar-se há meses.
Na sua conferência de imprensa anual na semana passada, Putin considerou que a Rússia geriu melhor a pandemia do que o Ocidente.
As autoridades russas, contudo, só contaram as mortes cuja causa principal foi covid-19 após confirmação por uma autópsia.
A agência de estatística oficial Rosstat registou em outubro de 2020 quase 50.000 mais mortes do que no mesmo mês de 2019. Entre março e finais de outubro, o excesso de mortalidade ascende a quase 165.000 mortes em relação ao ano passado, sugerindo um número muito mais elevado do que as autoridades admitem.
O Governo recusa-se até agora a aceitar qualquer novo confinamento nacional para preservar a economia e conta com uma vacinação em massa da população russa, graças à vacina desenvolvida por Moscovo, Sputnik V.
O ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, assegurou, em declarações na televisão pública no sábado, que a vacina é “segura e eficaz” para a vacinação em massa da população e autorizou a sua utilização em pessoas com mais de 60 anos de idade.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.743.187 mortos resultantes de mais de 79,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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