“Esta transferência [para o hospital militar] deve-se à ausência de necessidade de tratamento diferenciado por parte destes doentes e por não terem retaguarda familiar ou social, nomeadamente nos lares de onde provém, para o cumprimento das necessárias medidas de isolamento”, disse à agência Lusa fonte do CHUSJ.
A mesma fonte assegurou que a transferência “não se deve a falta de espaço” para acomodar doentes com o novo coronavírus naquele hospital onde estão atualmente 46 doentes internados com Covid-19, nove dos quais em medicina intensiva.
“O CHUSJ, neste período de pandemia de Covid-19, tem focado a sua experiência e conhecimento nos doentes com necessidades de tratamento diferenciado e complexo da região Norte e Centro, nomeadamente a doentes críticos com necessidade de admissão em ECMO [Oxigenação por Membrana Extracorporal, uma técnica de suporte vital extracorporal]”, descreve ainda a instituição, numa informação enviada à Lusa.
O CHUSJ esclarece que, “nos últimos dias”, recebeu “doentes para este tratamento especializado” oriundos do Centro Hospitalar Universitário do Porto e da Unidade Local de Saúde do Alto Minho.
Nos “primeiros meses de pandemia foram admitidos em ECMO [neste hospital] doentes com patologia grave provenientes de vários concelhos, desde Bragança a Viseu”, recorda.
Ainda sobre a transferência de doentes prevista para hoje, o CHUSJ sublinhou que decorre ao abrigo “da excelente articulação entre as instituições e à generosa disponibilidade do Hospital das Forças Armadas”.
O plano de contingência do CHUSJ relacionado com a pandemia da Covid-19 tem quatro níveis, estando atualmente implementado o nível dois.
Fonte desta unidade hospitalar indicou à Lusa que este nível pode, entre outros aspetos, “vir a significar que, nas próximas semanas, a atividade programada terá de ser reduzida”.
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