O município, em comunicado enviado hoje à agência Lusa, explicou que estas novas medidas no concelho, no âmbito da contenção da infeção e contaminação da covid-19, foram tomadas na reunião realizada esta tarde, por videoconferência, da Comissão Municipal de Proteção Civil de Setúbal, com a participação de diversas entidades.

A determinação da autarquia abrange o “encerramento da zona ribeirinha da cidade” e da “estrada de acesso às praias, pela Serra da Arrábida, aos acessos pedonais e a todo o tipo de veículos, a partir das 00h00 de 2 de abril, como medida de restrição especial para impedir ajuntamentos de pessoas”, pode ler-se no comunicado.

Esta decisão, no âmbito do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Setúbal, ativado pelo município desde o dia 12 deste mês, verifica-se na antiga Estrada Nacional (EN) 379-1, entre o Outão e o cruzamento com a EN 379 -1 (Pinheiro), nas avenidas Jaime Rebelo e José Mourinho e no Parque Urbano de Albarquel, bem como em todos os parques de merendas do concelho.

Excluídos desta proibição de circulação estão “os moradores, os trabalhadores na zona e os veículos devidamente autorizados”, ressalvou o município.

O objetivo destas novas medidas no concelho “é garantir o afastamento das pessoas neste período da Páscoa que se aproxima”, uma vez que, “têm tradicionalmente o hábito de se juntarem em parques e praias”, explicou o vereador com o pelouro da Proteção Civil na Câmara de Setúbal, Carlos Rabaçal, citado no comunicado.

“Pretendemos também garantir que as forças de segurança possam executar o seu trabalho de forma mais efetiva”, acrescentou o autarca.

O município referiu ainda já ter registado “102 pedidos até à data” no âmbito de uma linha que criou para “apoio à entrega domiciliária de bens alimentares e medicamentos à população de risco”, o que constitui “um alerta sobre um aumento crescente de pessoas em carências financeiras extremas”, durante esta pandemia.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 750 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 36 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 148.500 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes e 6.408 casos de infeções confirmadas. Dos infetados, 571 estão internados, 164 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.