“O STRN lamenta que os trabalhadores não tenham sido informados de normas orientadoras no procedimento a ter contra o novo vírus”, afirma em comunicado a direção da estrutura sindical.

O sindicato denunciou assim a “inexistência de medidas profiláticas” para prevenção de infeção, a falta de orientações para a mitigação de eventuais consequências de contágio e o facto de não ser conhecido qualquer plano de contingência ou informação sobre como atuar nos diversos cenários que podem colocar-se.

O sindicato espera medidas da tutela, nomeadamente na Região Autónoma da Madeira. Pede que sejam distribuídas máscaras aos trabalhadores, desinfetante para mãos e objetos, bem como um manual de procedimentos.

O sindicato alega que os trabalhadores estão particularmente expostos quando fazem atendimento público.

“A falta de 1.500 trabalhadores, os equipamentos totalmente obsoletos e as aplicações sempre a falhar, têm como consequência elevados tempos de espera que fazem com que os cidadãos permaneçam durante muito tempo dentro dos serviços”, lê-se no comunicado.

No documento, o sindicato diz que a falta de condições de saúde, segurança e higiene “na esmagadora maioria dos serviços”, que se encontram “deficientemente instalados em espaços exíguos e sem a devida ventilação” não podia ser pior para este tipo de doenças.

Os trabalhadores, refere a estrutura, têm uma média etária de 57 anos: “Encontram-se nos grupos de risco mais suscetíveis a este tipo de doenças”.

O surto de Covid-19 - a doença provocada pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia - já provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93.000 pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 50.000 recuperaram.

Além de 2.983 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.