"Temos que saber no concreto em que condições é que esses enfermeiros estão a ser deslocados" para exercer funções em Reguengos de Monsaraz, afirmou Celso Silva, dirigente do Alentejo do SEP, em declarações à agência Lusa.

O dirigente sindical questionou se o seguro profissional dos enfermeiros "cobre essa deslocação e o local onde estão a exercer funções" e se lhes foi "dada formação para a utilização de equipamentos de proteção individual".

O surto foi detetado, em 18 de junho, no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), em Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, existindo, segundo os mais recente dados, 126 casos ativos, 16 mortes e 20 pessoas curadas.

Celso Silva lamentou que os enfermeiros estejam a ser deslocados pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo dos centros de saúde para o lar, considerando que a estrutura, que "pertence a uma fundação", é que "deveria contratar enfermeiros diretamente".

Segundo o sindicalista, o SEP enviou para a ARS do Alentejo perguntas, por escrito, no passado dia 06 de julho, sobre as condições de trabalho dos enfermeiros deslocados em Reguengos de Monsaraz.

"Pedimos um esclarecimento urgente porque é compreensível que os enfermeiros queiram saber em que condições é que estão a ser deslocados e a exercer o seu trabalho em Reguengos de Monsaraz", sublinhou, na sequência de um comunicado divulgado hoje pelo SEP.

O dirigente do SEP indicou que o sindicato ainda não recebeu as respostas às perguntas feitas à ARS do Alentejo, considerando que "não é correto" a demora da resposta ou a falta de informação.

"Não vemos qual é a necessidade de não nos responderem, porque, ao não nos responderem, gera-se dúvida e a inquietação nos profissionais é compreensível", acrescentou.

No documento enviado à ARS do Alentejo, o SEP também questiona se o lar da FMIVPS tinha plano de contingência e até quando se prevê a deslocação de enfermeiros para Reguengos de Monsaraz.

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