Num despacho sobre as medidas adicionais de contenção em relação à propagação da Covid-19, o município de Sines anunciou que decidiu restringir o atendimento público ao mínimo imprescindível, “dando prioridade ao atendimento via telefónica e por correio eletrónico, reduzindo o atendimento presencial ao que for considerado inadiável”.

O presidente da câmara, Nuno Mascarenhas, que assina o despacho, recorda que o município correspondeu a diversas obrigações, “como a necessidade de fornecimento de refeições aos alunos que beneficiam do escalão A da ação social escolar”, e garantiu a “proteção não só dos funcionários mas também da comunidade”.

“Reduzir a circulação de pessoas nos espaços do município é uma medida que minimiza a possibilidade de contágio e é esse o nosso objetivo”, refere o autarca, sublinhando que “estão prorrogados os prazos para o pagamento de faturas” e “a possibilidade da sua liquidação por transferência bancária.

“Nenhuma fatura cujo vencimento seja posterior a 16 de maio penalizará um munícipe com custos adicionais”, acrescenta.

Estão ainda previstas medidas de exceção para a entrega de projetos urbanísticos, a suspensão de vistorias urbanísticas e são recomendadas medidas cautelares para a utilização de espaços públicos, incluindo espaços verdes, equipamentos de utilização coletiva e cemitérios.

Nos transportes urbanos, indica o autarca, “foi suspensa a venda de títulos de viagem no próprio veículo e foram revistas as entradas e saídas, operando-se, a partir de agora, apenas pela porta das traseiras. Deixa ainda de ser necessário acionar a campainha para a paragem seguinte, estando previsto que os veículos parem em todas as paragens”, adianta.

O município de Sines garante igualmente a aplicação de medidas que visam a proteção dos funcionários e das suas famílias, sendo aplicado o teletrabalho e a rotatividade “garantindo-se a totalidade da remuneração das pessoas”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.

O Alentejo registou os primeiros dois casos de Covid-19, segundo o boletim divulgado pela DGS.