Num comunicado em que reage à decisão do Governo, o SIPE defendeu que são necessárias medidas de proteção dos professores e dos alunos, perante a pandemia de covid-19, nomeadamente a prioridade na vacinação dos docentes e a atribuição de um subsídio de risco.

No documento hoje divulgado, a estrutura sindical exigiu o prolongamento do período de 30 dias de faltas justificadas, “atribuído mediante apresentação de declaração médica aos docentes que pertençam a grupos de risco para a covid-19”.

Melhores condições de segurança, com reorganização de espaços e disponibilização de equipamento para proteção de alunos e professores em todos os estabelecimentos de ensino, nomeadamente máscaras descartáveis, acrílicos de proteção e dispensadores de álcool gel, são outras medidas sugeridas.

Para o SIPE, as medidas anunciadas configuram “um confinamento parcial”, uma vez que “dois milhões de crianças e jovens continuam a circular livremente com tudo o que isso implica”.

O sindicato discorda da decisão de não fechar as escolas e receia que “os sacrifícios económicos, psicológicos e sociais” a que os portugueses estarão sujeitos durante este período, de nada sirvam e não surtam qualquer efeito devido a esta opção do executivo.

O diretor de serviço de medicina intensiva do Hospital de São João, no Porto, defendeu na quarta-feira o encerramento das escolas, uma medida “contra” a sua “convicção natural”, mas que considerou “essencial” num momento “horribilis” do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Num primeira reação, na quarta-feira, o sindicato disse que pretende que os professores tenham acesso prioritário à vacina e que sejam realizados testes rápidos nas escolas a todo o pessoal, docente e não docente, bem como aos alunos.

A medida, segundo o SIPE, “deveria ter entrado em vigor no início do ano letivo”.

A atribuição aos docentes de um subsídio de risco correspondente ao serviço prestado durante este período de confinamento geral é outra das reivindicações.

Vários partidos defenderam medidas de proteção para professores e auxiliares contra a covid-19, entre as quais a testagem e a vacinação.

Segundo o primeiro-ministro, António Costa, as escolas vão ter uma "campanha permanente" de testes antigénio para despistar casos de infeção de covid-19.

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