Segundo o Público, Portugal teve de destruir "aproximadamente 3,5 milhões de doses" de vacinas até ao final do ano passado que foram adquiridas através do processo de compra centralizada conduzido pela Comissão Europeia. Os dados são do Ministério da Saúde.

Feitas as contas, esta é “uma taxa de inutilização de 8,5%”. Embora seja um número que parece elevado à primeira vista, esta é uma das “menores taxas de inutilização a nível europeu”, em grande parte devido à "conjugação da grande adesão dos portugueses à vacinação" e da "eficaz e responsável gestão do aprovisionamento".

Mas não se sabe o valor monetário destas vacinas deitadas ao lixo, já que os contratos com as farmacêuticas são confidenciais, adianta o jornal. Contudo, estima-se que sejam milhões de euros desperdiçados. Sabe-se, além disso, que "Portugal celebrou 14 contratos com seis fornecedores de vacinas e que foram entregues cerca de 40 milhões de um total de 61,7 milhões de doses encomendadas e adquiridas para o período até 2023", escreve o Público, que cita dados do ministério.

Entre vacinas usadas, doadas e deitadas fora, é preciso calcular o que ainda vai ser necessário para este ano. Deveriam chegar mais de 20 milhões de doses ao país, mas o objetivo é conseguir reduzir a compra.

“A Comissão Europeia, em representação dos Estados-membros da União Europeia, está a conduzir o processo de renegociação de um contrato assinado em 2021, no sentido de o ajustar às actuais circunstâncias epidemiológicas e estratégias de vacinação de cada Estado-membro, flexibilizando-se as quantidades e compromissos de entrega”, é adiantado.