Numa nota enviada às redações, o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) informa que, "dado o momento que se vive em Portugal, com o encerramento de um conjunto muito alargado de serviços públicos", a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (FCSAP), que o STML integra, suspendeu a greve nacional agendada para sexta-feira, assegurando "que os serviços funcionarão com a normalidade possível" perante a situação do país.
"Foram, deste modo, suspensos os pré-avisos de greve decretados para as autarquias e empresas municipais da cidade de Lisboa, incluindo a greve mais alargada dos trabalhadores da limpeza urbana" da autarquia, acrescenta o sindicato.
O STML salienta, contudo, que a greve "foi suspensa e não desconvocada", pelo que "a luta irá continuar" assim que se ultrapasse "o período de excecionalidade que o país e a cidade de Lisboa em especial atravessam".
"Não abdicaremos das reivindicações que motivaram esta greve, reafirmando a sua justeza, hoje, inclusive, com mais validade e pertinência", garante o sindicato, acrescentando que continuará a lutar na capital "por melhores salários, pela valorização das carreiras, por efetiva negociação e em defesa dos serviços públicos".
"Na realidade muito própria da limpeza urbana da CML [Câmara Municipal de Lisboa], continuaremos a exigir a integração de todos os trabalhadores a recibos-verdes, a uniformização da atribuição do descanso compensatório ou a melhoria das condições de trabalho", destaca.
O sindicato sublinha ainda que continuará a assumir uma "defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores" da Câmara de Lisboa, das juntas de freguesia e das empresas municipais, exigindo que "sejam garantidas aos trabalhadores todas as condições de proteção individual e tomadas as necessárias medidas de contenção da propagação em todos os serviços públicos do concelho".
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.500 mortos em todo o mundo.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos de infeção confirmados para 331, mais 86 do que os registados no domingo.
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