Em declarações ao Jornal de Notícias (JN), a PSP afirmou que, até 16 de julho, "detetou cerca de uma dezena de situações" em que foram apresentados certificados covid-19 falsificados.
"Nos casos em que apuramos que se trata de atestado não genuíno, a pessoa que o apresentou como genuíno é imediatamente detida por falsificação de documento", foi explicado. A PSP apresentou como exemplo a detenção, a 9 de julho, de um homem de 31 anos no Aeroporto de Lisboa que apresentou um teste PCR negativo que "motivou muitas dúvidas" e que foi posteriormente confirmado junto do suposto laboratório onde teria sido feito.
"De forma livre, o suspeito afirmou ter adquirido [o teste] a troco de dinheiro, pelo que o mesmo foi cautelarmente apreendido", referiu a PSP. Devido ao episódio, o homem foi detido por suspeita de falsificação de documento, tendo sido constituído arguido e prestado termo de identidade e residência.
Diz ainda o JN que esta procura por testes à covid-19 ou certificados de vacinação falsos tem crescido nos últimos tempos, devido à necessidade de apresentar estes documentos em diversas situações, como para viajar ou entrar em restaurantes ou eventos.
No total, as autoridades já identificaram cerca de uma dezena de casos, tendo detido os utilizadores destes documentos por suspeita de falsificação. Todavia, calcula-se que existam mais casos — quer entre portugueses, quer entre estrangeiros. Os próprios laboratórios de análises referem saber da existência destes testes falsificados à venda do mercado negro, na Internet, encaminhando-os para as autoridades de saúde para investigação.
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