Segundo o Ministério do Interior da Turquia, o objetivo desta medida é impedir que os idosos e os doentes que sofrem de patologias crónicas, especialmente respiratórias, ou que tenham as defesas imunitárias fracas, continuem “a ir a espaços públicos como parques e a usar o transporte público sem que seja necessário, o que representa um risco para a saúde deles e para a comunidade”.
Grupos de apoio, incluindo agentes das forças de segurança e voluntários de organizações não governamentais (ONG), vão ser formados para responder às necessidades básicas das pessoas afetadas pela decisão, que não tenham familiares para ajudá-los, especificou o ministério, sem avançar com o prazo do confinamento, nem com as sanções para quem o viole.
Esta medida é anunciada depois de o número de pessoas afetadas pela covid-19 ter aumentado significativamente nos últimos dias na Turquia.
Os últimos dados oficiais, divulgados na sexta-feira, apontam para 670 casos, nove dos quais fatais, quase o dobro do número revelado no dia anterior.
Na sexta-feira, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, apelou para que todos os cidadãos turcos permaneçam em casa, destacando que é proibido sair por “razões não-essenciais”.
Mas, hoje, os meios de comunicação turcos transmitiram imagens que mostram centenas de pessoas concentradas num parque florestal perto de Istambul, passeando e fazendo piqueniques. As autoridades turcas já reagiram, proibindo a realização de churrascos e piqueniques.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 12.000 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.825 mortos (mais 793 do que na sexta-feira) em 53.578 casos (mais 6.557, um recorde em 24 horas). Segundo as autoridades italianas, 6.062 dos infetados já estão curados.
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