Em final de setembro passado, a UE e os Estados Unidos estabeleceram uma nova parceria, designada Parceria Global de Vacinação, para atingir uma taxa global de vacinação anticovid-19 de 70% até setembro de 2022, aquando da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Hoje, altos funcionários da Comissão Europeia reuniram-se com homólogos da Casa Branca e do governo dos Estados Unidos para fazer um ponto de situação sobre essa iniciativa, tendo-se comprometido com “esforços contínuos para doar e entregar mais de 1,7 mil milhões de doses de vacina em todo o mundo até meados de 2022”, informou o executivo comunitário em comunicado.

No encontro, que decorreu numa altura em que a variante Ómicron do SARS-CoV-2 se propaga a um ritmo intenso, Bruxelas e Washington comprometeram-se também com a “aceleração dos esforços para obter vacinas, incluindo na assistência aos países necessitados e noutras áreas, como a cooperação nas cadeias de abastecimento contra a covid-19, avaliações conjuntas de ameaças à saúde e I&D [investigação e desenvolvimento]”, adiantou.

Alem disso, “as duas delegações reiteraram o seu apelo a ações e compromissos mais fortes por parte de nações de todo o mundo neste esforço”, sublinhando que “é necessária uma ação corajosa para se estar preparado para a próxima pandemia”, referiu a instituição.

No encontro participaram o chefe de gabinete da presidente da Comissão Europeia, Björn Seibert, o conselheiro de segurança nacional adjunto dos Estados Unidos Jon Finer e ainda especialistas que aconselham Bruxelas e Washington.

“Ambos os lados concordaram com a importância da parceria e da liderança transatlântica para acabar com a pandemia e reforçar a segurança sanitária global a longo prazo”, segundo o comunicado.

Denominada Parceria Global de Vacinação UE-EUA, a iniciativa firmada em setembro passado visa ajudar a expandir o acesso a vacinas anticovid-19, a melhorar a coordenação na entrega e a remover estrangulamentos nas cadeias de abastecimento.

Um dos compromissos no âmbito desta parceria é a partilha de vacinas com países de baixo e médio rendimento, comprometendo-se a UE a doar mais de 500 milhões de doses e os Estados Unidos a disponibilizar mais de 1,1 mil milhões através do mecanismo de acesso global Covax.

A covid-19 provocou mais de 5,36 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China e atualmente com variantes identificadas em vários países, a última das quais, a Ómicron, é particularmente contagiosa.