“Analisamos com a Agência Europeia do Medicamento os procedimentos e decidimos que, doravante, se houver uma vacina melhorada por um fabricante para lutar contras as novas variantes com base numa vacina já existente” e certificada “não haverá a necessidade de passar por todas as etapas da autorização”, disse Stella Kyriakides.
Numa entrevista publicada hoje no diário alemão Augsburger, a comissária adiantou que, desta forma, será “mais rápido” ter vacinas à disposição, “sem que sejam afetados os critérios de segurança”.
A Comissão Europeia tem sido criticada pela lentidão ligada ao início das campanhas de vacinação contra a covid-19 nos Estados membros, por causa dos procedimentos de certificação das primeiras vacinas, considerados muito longos em comparação com o Reino Unido ou com os Estados Unidos, mas também no que diz respeito aos pedidos de vacinas.
Embora tenha admitido que não está “satisfeita” com a atual situação, a comissária europeia da Saúde assume a defesa contra as críticas.
“É errado afirmar que apenas cometemos erros”, disse Kyriakides, argumentando que a UE conseguiu garantir o fornecimento para 700 milhões de doses de vacinas até ao fim do terceiro trimestre deste ano.
Desde o início da pandemia, em dezembro de 2019, a Europa contabilizou mais de 800.000 mortes associadas à covid-19, segundo a contagem feita pela agência francesa AFP.
Os 52 países e territórios europeus (incluindo Rússia e Turquia) totalizaram 800.361 mortes (para 35.395.270 casos declarados), à frente da América Latina e Caraíbas (635.834 mortes, 20.021.361 casos), Estados Unidos/Canadá (502.064, 28.312.719) e Ásia (247.730, 15.641.940).
Os países mais afetados na Europa são o Reino Unido com 116.908 mortes para 4.027.106 casos, Itália com 93.045 mortes (2.697.296 contaminações), França (81.488, 3.427.386) Rússia (79.696, 4.057.698) e Espanha (64.747, 3.056.035).
Em relação à população, o país mais afetado pela pandemia é a Bélgica com 186 mortes por 100.000 habitantes, seguida da Eslovénia (178), do Reino Unido (171), da República Checa (169) e da Itália (154).
Os números dos óbitos baseiam-se nos relatórios comunicados diariamente pelas autoridades sanitárias de cada país e excluem as revisões realizadas posteriormente pelos organismos estatísticos com base em estudos sobre mortalidade excessiva, como foi o caso da Rússia, Reino Unido e Espanha.
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