“Tendo em conta a situação atual, não podíamos ficar parados. O melhor é prevenir e esta é uma medida de precaução e prevenção”, explicou o professor Mário Moutinho, reitor da Universidade Lusófona, que é frequentado por cerca de nove mil alunos.
Hoje vários estudantes depararam-se com um comunicado da reitoria e da administração anunciando a decisão de “suspender de imediato e até dia 24 de março as atividades letivas presenciais”.
“O e-learning já existe normalmente e o que vamos fazer, num documento que deverá sair amanhã, é chamar a atenção de todos os alunos e professores para usarem ao máximo essas ferramentas, para minimizar os inconvenientes que causa a todos”, acrescentou Mário Moutinho.
Além das aulas, ficam também suspensas as provas académicas, o atendimento presencial e quaisquer eventos científicos, culturais e desportivos.
Neste momento, acrescentou o reitor, ainda não está a ser equacionada a possibilidade de alterar calendários nem datas de avaliações: “Só se o problema se prolongar no tempo é que teremos de pensar nesse assunto”, explicou.
A Lusófona é a quarta universidade a suspender as aulas presenciais, juntando-se assim às universidades de Coimbra, Lisboa e Minho e outras instituições de ensino superior.
A Universidade do Minho decretou a suspensão das atividades letivas presenciais em todos os polos, tanto em Braga como em Guimarães, depois de um aluno ter sido infetado.
Na Universidade de Coimbra, além da suspensão das aulas, eventos e viagens, a instituição decidiu que as cantinas passavam a ter apenas um “serviço exclusivo de ‘take-away’”.
Em Lisboa, a instituição suspendeu todas as atividades letivas e de grupo.
O Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, em Almada, e o Instituto Superior de Ciência Educativas (ISCE) Douro, sediado em Penafiel, também decidiram suspender as aulas.
Os alunos do Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa, vão deixar de ter aulas e outras atividades presenciais a partir de quarta-feira.
Até ao momento, foram detetados 41 casos confirmados de infeção com coronavírus em Portugal.
Desde dezembro, quando começou o surto na China, foram infetadas mais de 100 mil pessoas em todo o mundo, mas a maioria já recuperou.
Comentários