Estão previstas três fases para a execução do plano de vacinação contra a covid-19 em 2021, que vão acompanhar o ritmo de disponibilização das vacinas. É então, expectável que nos primeiros meses ainda haja alguma escassez.
Por isso, numa primeira fase, que deverá decorrer entre janeiro e março, ou abril no pior cenário, só vão ter acesso à vacina até 950 mil pessoas prioritárias. Nesta fase, são vacinadas as pessoas com mais de 50 anos com patologias associadas, residentes e trabalhadores em lares, e profissionais de saúde e de serviços essenciais (forças armadas, forças de segurança e serviços críticos).
Para a segunda fase, o documento prevê um alargamento dos critérios para a definição desses grupos prioritários e, por isso, a vacina poderá chegar a mais 2,7 milhões de pessoas. Ou seja, a partir de março ou abril e até junho ou julho, serão vacinadas 1,8 milhões de pessoas com mais de 65 anos e cerca de 900 mil com patologias associadas e mais de 50 anos.
Só numa terceira fase é que toda a população terá acesso à vacina, mas o coordenador do plano de vacinação nacional ressalvou, durante a apresentação do documento, que isso só será possível se se confirmar o ritmo de abastecimento das vacinas que o permita, porque caso contrário podem ser criados ainda outros grupos.
O semanário Expresso escreve que os peritos da Comissão Técnica de Vacinação para a covid-19 dizem que o número de doses disponíveis nessa terceira fase (e seguintes) vai permitir a toma sem haver critérios prévios, ou seja, é apenas por vontade do cidadão. Só difere o esquema de distribuição, em relação ao que está a ser ponderado agora, se a entrega das vacinas se atrasar.
Um dos elementos da Comissão Técnica explica ao Expresso que “[d]esde a primeira hora que se pensou na globalidade do plano de vacinação e neste momento não é preciso pensar em mais critérios, que se podem alterar. Toda a população, à exceção das grávidas e das crianças — estas para já —, terá oportunidade de vacinar-se. Dependendo das entregas, e a correr como previsto, não deverá ser necessário constituir mais grupos prioritários”.
Como foi divulgado, a primeira fase da vacinação contra a covid-19 será administrada em mais de mil pontos de vacinação habituais dos centros de saúde, nos lares e unidades de cuidados continuados.
Este elemento da Comissão Técnica ouvido pelo Expresso acrescenta que foi “já dito que haverá um alargamento da rede de administração, além dos centros de saúde e dos gabinetes de saúde ocupacional definidos para as duas primeiras fases". Assim, "com o número de vacinas a aumentar, será necessário ter uma rede maior precisamente para uma terceira vaga sem grupos definidos”.
Para já, menores de 18 anos, grávidas e cidadãos que já tiveram Covid-19 ficam de fora na toma da vacina.
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