A decisão foi tomada sob consulta de um grupo de trabalho que seguiu a evolução do vírus a partir da análise de mais de 4.500 sequências genéticas procedentes de 44 países onde a variante foi detetada.
Trata-se da quarta variante considerada preocupante pela OMS. As outras são a B.1.351 descoberta em maio de 2020 na África do Sul, a B.1.1.7 identificada inicialmente em setembro no Reino Unido e a P.1 encontrada em novembro no Brasil.
No relatório epidemiológico semanal, publicado hoje, a OMS explica que a última variante a integrar o grupo das mais preocupantes e que requerem acompanhamento próximo contém três linhagens.
Os cientistas observaram que estas linhas parecem ter uma maior taxa de transmissão, o que corresponderia a um rápido aumento da prevalência em muitos países.
A OMS indicou, no relatório, que há evidência preliminar que sugere que a variante poderá reduzir a eficácia de um tratamento com anticorpos monoclonais e “reduzir ligeiramente a suscetibilidade a anticorpos neutralizantes”, que se geram através da vacinação.
Suspeita-se de que o forte e rápido aumento de casos na Índia poderá dever-se à circulação desta variante, mas uma avaliação recente da OMS sobre a situação no país indica que as causas são múltiplas.
Uma delas poderá ser o aumento de casos desta variante, o que potencialmente poderá aumentar a transmissão do vírus, mas também tiveram influência as reuniões massivas de caráter religioso e político, e o aumento do contacto social em geral.
A índia registou o maior aumento de casos de covid-19 na última semana, com 2,7 milhões de novas infeções, o que equivale a um aumento de 5%.
Imediatamente atrás estão o Brasil, com 423.000 novos casos, e os Estados Unidos, com 334.000, ambos com um aumento do 3% face à semana anterior.
A Turquia foi o quarto país com mais novos casos, um total de 166.000, apesar de tudo uma melhoria porque representou uma redução de 35%, o mesmo se passando com a Argentina, que, com quase 141.000 casos semanais, baixou 8%.
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