Segundo as estatísticas da Procura Turística dos Residentes, no período em análise, “as viagens em território nacional concentraram 97,5% das deslocações (6,2 milhões), revelando um decréscimo de 18,5%”, enquanto “as viagens com destino ao estrangeiro diminuíram 84,8%, totalizando 161,9 mil, correspondendo a 2,5% no total (0,6% no segundo trimestre de 2020)”, divulgou o INE.
Nos meses de julho, agosto e setembro do ano passado, os residentes em Portugal realizaram 6,4 milhões de viagens, o que correspondeu a um decréscimo de 26,7%, depois de terem diminuído 64,9% no trimestre anterior.
Assim, no período em análise, 32,8% da população residente realizou pelo menos uma deslocação turística, o que representa uma descida de 9,5 pontos percentuais.
“O impacto da pandemia de covid-19 continuou a fazer-se sentir no número de viagens realizadas, no entanto com menos expressão que nos meses anteriores”, observou o INE, referindo que, no terceiro trimestre de 2020, os decréscimos registados foram de 30,8%, 23,5% e 27,9%, respetivamente (-89,2%, -60,5% e -43,2%, pela mesma ordem, nos meses de abril, maio e junho).
O “lazer, recreio ou férias” continuou a ser a principal motivação para viajar (4,4 milhões de viagens, -22,5%), tendo a sua representatividade aumentado 3,8 pontos percentuais (70% do total, face a 66,2% no mesmo trimestre do ano anterior).
Já as visitas a familiares ou amigos foi o motivo apresentado para 1,6 milhões de viagens (24,4% do total, -2,2 pontos percentuais), registando um decréscimo de 32,6%.
As 171,6 mil viagens por motivos “profissionais ou de negócios” têm uma queda de 50,7% e representando 2,7% do total das viagens realizadas.
De acordo com os dados do INE, no terceiro trimestre de 2020, o recurso à internet para a marcação de viagens registou um ligeiro reforço na sua expressão, tendo sido utilizada no processo de organização de 24,7% das deslocações, em 60,5% das viagens para o estrangeiro e 23,8% das viagens domésticas.
Nas deslocações realizadas no período em análise, o peso relativo das dormidas em “hotéis e similares” diminuiu 2,4 pontos percentuais, para 25% do total, enquanto o alojamento particular gratuito manteve-se como a principal opção de alojamento (61% das dormidas).
Registou-se ainda uma média de 8,41 dormidas nas viagens de cada turista residente, evidenciando uma subida de 7,8% face ao mesmo período do ano anterior (7,80 dormidas no trimestre homólogo).
Também a proporção de turistas no conjunto da população diminuiu significativamente: naquele trimestre, tal como no trimestre anterior, todos os meses registaram decréscimos homólogos em termos da percentagem de residentes que viajaram (-5,9, -5,7 e -4,2 pontos percentuais, nos meses de julho, agosto e setembro, respetivamente).
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