Os indicadores da Direção-Geral da Saúde (DGS), solicitados pela Lusa, mostram que, entre os dias 01 e 31 de janeiro de 2021, morreram 5.798 pessoas em Portugal devido à covid-19, sendo, de longe, o mês com maior número de mortes provocadas pela doença, das quais, 342 foram registadas no domicílio, ou seja, 5,9% dos óbitos relacionados com o novo coronavírus e 55% do total de vítimas mortais no domicílio causadas pela pandemia.
De acordo com a DGS, dos certificados de óbito emitidos em janeiro deste ano, 22,4 % dos óbitos por todas as causas e 5,9 % dos óbitos devido a covid-19 ocorreram no domicílio.
“A proporção de óbitos no domicílio por todas as causas tem permanecido estável, em torno dos 25%, nos anos anteriores. A proporção de óbitos covid-19 no domicílio tem apresentado nos últimos meses uma tendência ligeiramente crescente”, sublinhou a entidade liderada por Graça Freitas.
Porém, “a proporção de óbitos devido a covid-19 ocorridos no domicílio é menor do que a observada para a mortalidade por todas as causas ocorrida no domicílio”, vincou, revelando que, “face à evolução de óbitos covid-19 no domicílio, a DGS está a investigar contactando os médicos que emitem o certificado de óbito para entender melhor o contexto em que ocorrem estas mortes”.
Das 5.798 mortes provocadas pela covid-19 em Portugal, em janeiro, 4.909 (84,7%) foram nos hospitais, 544 noutros locais, com os lares ‘à cabeça’, (9,4), 342 no domicílio (6%) e 3 em locais desconhecidos (0,1%).
Desde o início da pandemia, em Portugal, registaram-se 12.784 mortes, das quais 11.263 nos hospitais (88,1%), 891 noutros locais (6,9%), 622 no domicílio (4,9%) e oito em locais (0,06%) desconhecidos.
De resto, o mês de janeiro é responsável por 45% do total de mortes por covid-19 em Portugal.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.316.812 mortos no mundo, resultantes de mais de 106 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 14.354 pessoas dos 767.919 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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