De acordo com o acórdão que determinou os serviços mínimos, publicado pelo Conselho Económico e Social (CES), estes foram fixados para os comboios da CP, nomeadamente de longo curso (Alfa Pendular e Intercidades), regional, urbanos de Lisboa, do Porto e de Coimbra.
Foram ainda fixados serviços mínimos para a Fertagus no dia da greve.
A lista de comboios em serviços mínimos está disponível no acórdão do CES.
Além disso, e tendo em conta que a IP gere as redes ferroviária e rodoviária, o tribunal arbitral determinou que “devem ser garantidas as condições de segurança e circulação rodoviária nos túneis do Marão, do Grilo e de Benfica” bem como alguns serviços de comunicações, entre outras atividades.
Numa nota no seu ‘site’, a CP alertou que, “por motivo de greve, convocada por organizações sindicais representativas dos trabalhadores da IP — Infraestruturas de Portugal (gestor da infraestrutura ferroviária), preveem-se fortes perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, no dia 14 de julho, com possível impacto nos dias anterior e seguinte ao período de greve”.
Como sempre nestes casos, a CP indicou “aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional” que “permitirá o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”. Este reembolso ou troca podem ser efetuados no ‘site’ da operadora ou nas bilheteiras.
Também a Fertagus deu conta, na sua página na Internet, que prevê “fortes perturbações” devido à paralisação.
Os trabalhadores da IP marcaram uma greve no dia 14 de julho, em protesto pela “falta de resposta” às suas reivindicações, adiantou à Lusa Abílio Carvalho, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), no dia 23 de junho.
“Esta greve vai ocorrer no dia 14 de julho, durante 24 horas na IP”, ressalvou. Segundo o sindicalista, será depois decidida a continuação de ações de luta, “se não houver resposta às reivindicações”.
“Certamente haverá continuidade da luta mais à frente e esperaríamos que houvesse medidas para evitar isto, porque os trabalhadores também querem ver os seus problemas resolvidos”, indicou, acusando a IP de conduzir um “simulacro negocial”, através do qual passa “para fora a imagem de que há negociação, quando num concreto não há negociação alguma” e sim “imposição”, destacou.
O dirigente sindical indicou que “foram criadas expectativas” segundo as quais “a valorização dos trabalhadores seria mais à frente”, o que não se concretizou.
Os sindicatos apresentaram uma contraproposta salarial comum, exigindo um aumento intercalar mínimo de 37 euros, anunciaram em 12 de junho.
Esta plataforma sindical inclui os sindicatos Ascef (Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária), Fectrans/SNTSF (Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações/ Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário) e Fentcop (Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas).
Inclui ainda FNSTFPS (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais), Sindefer (Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia), Sinfa (Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins), Sinfb (Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários), SIOFA (Sindicato Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins) e STIR (Sindicato dos Trabalhadores das Infraestruturas Rodoviárias).
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