O menino, que estava com a família a visitar Londres, também sofreu fraturas nas pernas e nos braços, explicou o procurador Sian Morgan.
O incidente ocorreu no domingo à tarde, quando a criança foi empurrada de uma plataforma de observação no 10.º andar e caiu no telhado do quinto andar do museu, tendo sido resgatado e transportado de helicóptero para o hospital.
A criança ficou gravemente ferida, encontrando-se em “estado crítico”, mas “estável”, referiu a polícia.
O suspeito, que foi imediatamente detido no local, não conhecia a vítima, afirmou a polícia, que está a tratar o caso como “um evento isolado, sem motivo claro ou aparente”.
Entretanto, a polícia britânica anunciou que o adolescente de 17 anos que terá empurrado a criança francesa foi acusado de tentativa de homicídio.
O suspeito, cujo nome não foi revelado por se tratar de um menor de idade, compareceu hoje de manhã no Tribunal de Crianças de Bromley, no sudeste de Londres, revelou a polícia em comunicado.
Vestido com um agasalho cinza, cabelo curto, barba por fazer, o suspeito apareceu calmo e falou apenas para confirmar a sua identidade e a sua morada, constatou um jornalista da agência de notícias France-Presse.
O adolescente continuará detido e deve comparecer novamente na quinta-feira no Tribunal Criminal de Londres, em Old Bailey.
Uma testemunha do incidente, Nancy Barnfield, de 47 anos, contou à agência Associated Press que estava com a família no local quando ouviu um “grande estrondo” e, de seguida, uma mulher a gritar “onde está o meu filho? Onde está o meu filho?”.
Houve gritos e uma mulher tremia e “chorava desesperadamente”, disse Olga Malchevska, uma jornalista da BBC que se encontrava no museu com o filho de quatro anos.
Membros do público cercaram o alegado autor do crime e prenderam-no até a polícia chegar, disse Nancy Barnfield, acrescentando que o suspeito estava com um ar calmo.
A Tate Modern, um museu de arte moderna situado nas margens do rio Tamisa e um dos pontos turísticos mais visitados do Reino Unido, foi imediatamente encerrado após a tragédia, tendo reaberto na segunda-feira, com exceção da plataforma de observação, que se situa numa extensão adicionada em 2016 ao edifício.
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