Ana Paula Martins falava aos jornalistas no final de uma visita ao Hospital de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, distrito de Setúbal, uma unidade que tinha hoje as urgências cheias de utentes.
Questionada sobre o caso ocorrido em Torres Vedras de uma criança encaminhada para uma urgência que estava fechada, divulgado pela SIC, e dos casos de outros utentes em Loures, divulgados pela RTP, de que na manhã de hoje estiveram uma hora a ligar para a linha SNS24 sem sucesso, a ministra assegurou que a auditoria terá uma resposta dentro de pouco tempo.
“Tenho conhecimento de que esse caso aconteceu. Já falei com a senhora presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, que imediatamente acionou uma auditoria interna para saber exatamente o que se passou”, disse adiantando que “dentro de poucas horas, amanhã o mais tardar” já se saberá “exatamente o que aconteceu”.
Ana Paula Martins admitiu contudo que terá havido uma falha de comunicação entre o hospital e a linha SNS24.
“Parece ter havido de facto uma falha de comunicação entre o hospital e a linha, ou seja, quem está na linha a atender e a fazer a triagem tem que saber que aquele hospital já não está a conseguir receber doentes pediátricos, ou emergentes", explicou.
A ministra admitiu ainda que poderá ter havido outro caso semelhante pelo que assegura que é importante perceber onde houve falhas para que sejam corrigidas.
Segundo a SIC Noticias, uma criança de cinco anos do Ameal, no concelho de Torres Vedras, foi encaminhada para o serviço de urgências pediátricas do Hospital de Torres Vedras, que a mãe tinha visto na página da ULS Oeste que estava encerrado.
Da linha, que segundo a mãe da criança demorou hora e meia a atender, insistiram que as urgências pediátricas estavam abertas e que levasse o filho o quanto antes para ser observado.
A mãe da criança, Vanda Almeida, adianta a Sic Noticias, decidiu então procurar assistência noutro hospital, sendo que o mais próximo era o das Caldas da Rainha, a 40 quilómetros de casa, e quando a criança foi finalmente observada, a pediatra confirmou que as dores eram provocadas por uma otite e uma inflamação na garganta.
A ministra da Saúde disse ainda que apesar destes casos “quer deixar uma palavra de confiança” no sistema.
“São milhares e milhares de chamadas e portanto estas situações têm que ser reparadas, mas gostava muito de transmitir à população que não perca, de maneira nenhuma, a confiança no SNS24, porque ele, maioritariamente, está a funcionar muito bem”, disse adiantando que nesta altura existe uma sobrecarga da linha destacando ainda o facto de estarem em curso no país 20 projetos da medida “Ligue Antes, Salve Vidas”.
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