"Na lei, homens e mulheres são iguais. Na prática, a igualdade está longe de ser adquirida. Em Lisboa, as mulheres ganham 400 euros a menos, em média, do que os homens. Significa que há muitos homens a ganharem imenso e muitas mulheres a ganharem muito pouco", afirmou Assunção Cristas.
A presidente do CDS-PP e candidata à Câmara de Lisboa juntou quase 30 mulheres, de várias áreas, num almoço integrado nas conferências "Ouvir Lisboa", coordenadas pelo antigo presidente da Câmara eleito pelo PSD Carmona Rodrigues, que também esteve presente.
"Temos 54% dos habitantes de Lisboa que são mulheres, 39% têm mais de 60 anos. Mostra o envelhecimento da nossa população, mas em particular de Lisboa. Temos muitas mulheres sozinhas, com mais de 85 anos, nomeadamente, muitas delas viúvas, a viverem isoladas e em contexto de pobreza", afirmou Assunção Cristas.
Numa curta intervenção no início do almoço, que decorreu num restaurante num terraço de Lisboa, a líder centrista defendeu que há ainda "muito por onde batalhar" pela igualdade de género.
"Hoje, no mundo, mas também em Portugal no século XXI - e nós estamos muitos passos à frente do mundo em geral -, continua a ser relevante, pertinente e importante falar das questões da igualdade, percebendo que, se há caminho que já foi feito, há muito mais por construir", declarou.
Entre as convidadas do almoço estiveram figuras da televisão como Júlia Pinheiro e Luísa Castelo-Branco, da área social, como a presidente do Banco Alimentar contra a Fome, Isabel Jonet, a presidente da associação Moinho Social de Marvila, Catarina Santos, a 'chef' de cozinha Justa Nobre, e a mulher de Duarte Bragança, Isabel de Herédia.
Do grupo parlamentar centrista, marcaram presença Teresa Caeiro, Ana Rita Bessa e Isabel Galriça Neto, e ainda Teresa Anjinho, antiga deputada, membro da comissão executiva do CDS e jurista especialista em questões de género.
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