No final de uma visita aos bairros da Liberdade e da Serafina, na freguesia de Campolide, Assunção Cristas afirmou que o executivo liderado por Fernando Medina, “na prática, só olha para aquela área da cidade que é visitada pelos turistas, onde há gente a passar todos os dias, as salas de visita da capital, mas que não olha para esta Lisboa mais esquecida”.
A candidata à presidência da Câmara de Lisboa concretizou que os bairros como aquele onde esteve hoje têm “muita gente que precisa de ser apoiada”, mas também “há ambição de voltar a dar dignidade ao bairro”.
“O que ouvimos é a vontade de fazer mais por este bairro e de o fazer renascer e recuperar”, considerou Cristas.
Para a centrista, “dez anos de governação socialista pouco ou nada fizeram neste Bairro da Liberdade e no Bairro da Serafina”.
“Há que fazer trabalho aqui, nomeadamente na área da habitação”, advogou, acrescentando que o bairro se encontra num “estado de abandono” e de “desleixo muito grande”.
Segundo a candidata, estas questões começaram “desde o momento que foi construído o Eixo Norte-Sul”, que levou à demolição de parte do bairro.
Atualmente “há zonas que [não são] nem carne nem peixe, nem ficaram totalmente demolidas nem foram reconstruídas, nem foram reocupadas”.
Entretanto, “há pessoas que viveram no bairro, cresceram no bairro, gostariam de voltar para o bairro e não têm condições porque não há casas disponíveis”, observou.
“No entanto, nós vemos casas emparedadas, casas que não foram nem recuperadas nem demolidas. E, portanto, há muito trabalho a fazer neste bairro”, que “está no centro da cidade de Lisboa, e pode acolher muita gente que queira aqui fazer a sua vida”, salientou a centrista.
“Haja condições e haja da parte da Câmara Municipal de Lisboa um olhar atento, que tem faltado ao longo de todos estes anos”, rematou Assunção Cristas em declarações aos jornalistas no final da visita, que passou também pelo Liberdade Atlético Clube.
A candidata do CDS-PP à Junta de Freguesia de Campolide, Joana Mendes, também esteve presente nesta visita.
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