"É de quem acha que governar a cidade da praça do Município é o mais importante, porque é ali que tudo se passa, é ali que vão os turistas, é ali que vão as visitas oficiais, é ali que se dão as chaves da cidade", acusou Assunção Cristas, referindo-se ao atual presidente da Câmara e candidato socialista que num debate televisivo na semana passada disse que a habitação social era uma questão já tratada em Lisboa.

Assunção Cristas falava na apresentação do candidato da coligação "Pela Nossa Lisboa" (CDS-PP/MPT/PPM) ao Lumiar, João Freire de Andrade, na mesma freguesia em que também presidente do CDS começou as ações públicas de campanha, no bairro da Cruz Vermelha, no ano passado.

"A outra Lisboa, esta que nós começámos por visitar - e não é por acaso que é uma das nossas prioridades, porque só quem não vê é que pode não considerar prioritário -, essa é a Lisboa que Fernando Medina não quer ver", afirmou.

Sublinhando que o presidente da associação de moradores do bairro da Cruz Vermelha, Fernando Baião, está na lista da coligação ao Lumiar, Assunção Cristas disse que em todos os outros bairros geridos pela empresa municipal Gebalis que tem vindo a visitar viu a mesma coisa: "desleixo e abandono".

Na intervenção na apresentação da lista ao Lumiar, que decorreu num jardim de Telheiras, a cabeça de lista da coligação "Pela Nossa Lisboa" reiterou algumas das propostas de criação de uma "rede de cuidadores" para idosos e pessoas com incapacidade, bem como da "creche 100%", a universalização de oferta de creches e pré-escolar através de contratos com o setor privado e social.

Assunção Cristas voltou também a insistir no tema da mobilidade e na proposta de construção de mais 20 estações de metro até 2030, tendo a ligação a Algés como prioritária, para estancar o trafego automóvel vindo dos concelhos de Oeiras e Cascais.

"O que é que nos diferencia de outras candidaturas, nomeadamente de Fernando Medina? Temos rasgo e ambição, pensámos e estudámos, sabemos que não depende tudo de nós, mas sabemos que o presidente de Câmara tem de ser uma voz ativa e liderante também no domínio da área metropolitana", declarou.

"Tem de ser ele a trabalhar junto do Governo para conseguir ter os ganhos para a sua cidade e para toda a área", sublinhou.

No município de Lisboa, liderado pelo PS, foram anunciadas as candidaturas de Assunção Cristas (CDS-PP), Ricardo Robles (BE), João Ferreira (CDU), Teresa Leal Coelho (PSD), Fernando Medina (PS), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (independente apoiado pelo PDR e JPP), António Arruda (PURP), José Pinto-Coelho (PNR) e Amândio Madaleno (PTP).

A par de Fernando Medina, o executivo camarário é composto por dez vereadores da maioria socialista, três do PSD, dois da CDU e um do CDS-PP.

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