"Temos o objetivo, definido no congresso do CDS, de aumentar a nossa representação no Parlamento Europeu. Já tivemos dois eurodeputados, agora temos apenas um e, naturalmente, queremos reconquistar esse segundo eurodeputado, dobrando a nossa representação", afirmou a líder centrista.

Em declarações à margem do lançamento do cartaz de Nuno Melo cabeça de lista do partido às eleições europeias de 2019, em Matosinhos, distrito do Porto, Assunção Cristas afirmou a vontade de "fazer um trabalho consistente, com antecedência".

"Estamos a dez meses das eleições e vamos para a rua. Temos aqui o primeiro cartaz, que diz simplesmente Europa, o que mostra o compromisso do CDS com uma Europa que, queremos, seja exigente num conjunto de questões que tocam no nosso dia a dia", sublinhou.

No dia em que o CDS comemora 44 anos de existência, a presidente centrista frisou: "não estamos apenas a celebrar e a comemorar o nosso passado, mas também a construir um futuro que queremos seja sempre um passo à frente, desde logo nos calendários, porque só com o trabalho de casa feito com tempo, com antecedência e com muito cuidado podemos ter melhores representações".

Nuno Melo disse que com o regresso à candidatura em lista própria às europeias, o CDS "avança com muita ambição".

"Avançamos antes dos outros com mensagens que são muito distintivas", enfatizou o candidato centrista, sublinhando ser o CDS "um partido europeísta, mas não federalista", decorrendo esse perfil do facto de quererem que os "eurodeputados portugueses sejam escolhidos pelos portugueses".

Em jeito de alerta, Nuno Melo observou que "tudo daquilo que mais importa a Portugal discute-se e decide-se em Bruxelas ou em Estrasburgo", convidando os outros partidos para o debate com a alegação de ser "pouco lúcido" falar-se da Europa apenas em contexto eleitoral.

O primeiro cartaz coincide com o início do contacto com a população, com a distribuição de um panfleto com dez ideias centristas para a Europa e um apelo a que os cidadãos contribuam com ideias e propostas.

No folheto, com o rosto e a assinatura de Nuno Melo, os centristas dirigem-se aos eleitores e perguntam: "Quais as principais preocupações em relação ao futuro da Europa?" e "Que mudanças julga importantes para a construção de um projeto europeu mais eficiente e próximo dos cidadãos?".

As respostas devem ser enviadas por correio eletrónico ou pelas redes sociais, num processo de auscultação semelhante ao que a presidente do partido, Assunção Cristas, utilizou nas autárquicas de Lisboa e, atualmente, com o 'Ouvir Portugal' de construção do programa eleitoral para as legislativas.

O folheto contém também "10 ideias-chave" sobre o CDS-PP e o projeto europeu e também uma "nota programática, porque é "distintiva dos outros partidos", declarou Nuno Melo.

As eleições europeias realizam-se em Portugal em 26 de maio de 2019.